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CRIs e CRAs: histórico de emissões e securitizadoras

CRIs e CRAs

CRIs e CRAs

As emissões de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) e Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs) dispararam nos últimos anos. 

A atratividade da renda fixa e a recuperação do mercado de crédito fizeram esses instrumentos de dívida ganharem notoriedade. 

E mesmo com a imposição de restrições de lastros e do perfil de emissores pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), 2024 consolidou mais um ano aquecido para estes ativos. 

Em 2024, o volume emitido de CRIs e CRAs totalizou, respectivamente, R$ 41,9 bilhões e R$ 63,9 bilhões, aponta o levantamento da Quantum Finance. 

No caso dos CRIs, as emissões no consolidado de 2024 chegaram a superar 2023, mesmo com o boom ocorrido no segundo semestre. 

Confira mais destaques do artigo exclusivo da Quantum. Navegue por conteúdo: 

CRIs e CRAs: o que são?

Os CRIs e os CRAs são títulos de crédito lastreados em recebíveis. Os CRIs têm lastro em ativos de créditos imobiliários, enquanto CRAs são lastreados em recebíveis originados de negócios entre produtores rurais, cooperativas e terceiros. 

Ambos são emitidos por securitizadoras e vendidos a investidores, que recebem rendimentos baseados nos pagamentos efetuados pelos devedores dos recebíveis. 

Vantagens de investir em CRIs e CRAs

Diversificação: CRIs e CRAs são opções de investimento para quem deseja uma carteira mais diversificada e com exposição a setores mais específicos, como o imobiliário e o agrícola. 

Isenção fiscal: CRIs e CRAs fazem parte de uma cesta de investimentos isentos de Imposto de Renda. 

Rendimentos: costumam oferecer retornos superiores a outras aplicações na renda fixa. 

Desvantagens do investimento

Risco de crédito: o risco principal é o de inadimplência dos devedores dos recebíveis.   

Liquidez:  CRIs e CRAs costumam ter baixa liquidez. Por serem aplicações com vencimentos de longo prazo, o investidor deve considerar se pode manter o investimento até o vencimento para receber a remuneração prevista na emissão. 

Complexidade: exigem que o investidor tenha um olhar mais aprofundado do mercado de crédito para entender os riscos envolvidos – ou conte com profissionais para melhor assessorá-lo. 

Evolução do volume de emissões de CRIs e CRAs

Analisamos o volume emitido de CRIs e CRAs dos últimos cinco anos. É possível notar que, de 2020 a 2024, esses instrumentos presenciaram forte crescimento nas emissões, com destaque para os resultados do segundo semestre de 2023 devido a um cenário menos pressionado para o mercado de crédito e perspectivas melhores para os juros naquela época. 

As emissões de CRAs totalizaram R$ 38 bilhões entre julho e dezembro de 2023, contra apenas R$ 4,63 bilhões no primeiro semestre de 2020, período inicial do estudo. 

Fonte: Quantum Finance

Os CRIs também atingiram um boom de R$ 38 bilhões no segundo semestre de 2023. Nos primeiros seis meses de 2020, o volume era de apenas R$ 6,14 bilhões. 

Fonte: Quantum Finance

Maiores emissões por securitizadora e período

O levantamento também mapeou as maiores emissões de CRIs e CRAs nos últimos cinco anos. 

De CRAs, estas foram as securitizadoras que se destacaram em cada semestre: 

Principais securitizadoras de CRAs 
Semestre  Principal securitizadora  Maior volume emitido no período 
2020.1  ECO SECURITIZADORA DE DIREITOS CREDITORIOS DO AGRONEGOCIO S.A.   R$                              1.454.700.000,00  
2020.2  ECO SECURITIZADORA DE DIREITOS CREDITORIOS DO AGRONEGOCIO S.A.   R$                              2.719.133.000,00  
2021.1  VIRGO COMPANHIA DE SECURITIZACAO   R$                              6.701.660.000,00  
2021.2  VIRGO COMPANHIA DE SECURITIZACAO   R$                              5.855.832.000,00  
2022.1  ECO SECURITIZADORA DE DIREITOS CREDITORIOS DO AGRONEGOCIO S.A.   R$                              8.860.940.000,00  
2022.2  VERT COMPANHIA SECURITIZADORA   R$                              7.590.000.000,00  
2023.1  OPEA SECURITIZADORA S.A.   R$                              7.570.100.000,00  
2023.2  OPEA SECURITIZADORA S.A.   R$                            13.897.843.000,00  
2024.1  ECO SECURITIZADORA DE DIREITOS CREDITORIOS DO AGRONEGOCIO S.A.   R$                            10.154.677.000,00  
2024.2  VIRGO COMPANHIA DE SECURITIZACAO   R$                              7.388.682.000,00 

Fonte: Quantum Finance

Já as securitizadoras que entregaram os maiores volumes emitidos de CRIs por semestre foram: 

Principais emissores de debêntures incentivadas  
Semestre  Principal emissor  Maior volume emitido no período 
2020.1  OPEA SECURITIZADORA S.A.   R$                              1.574.526.000,00  
2020.2  VIRGO COMPANHIA DE SECURITIZACAO   R$                              2.218.195.599,95  
2021.1  VIRGO COMPANHIA DE SECURITIZACAO   R$                              3.783.921.177,15  
2021.2  OPEA SECURITIZADORA S.A.   R$                              6.158.881.351,51  
2022.1  OPEA SECURITIZADORA S.A.   R$                              6.284.574.222,46  
2022.2  OPEA SECURITIZADORA S.A.   R$                            11.774.207.352,31  
2023.1  OPEA SECURITIZADORA S.A.   R$                              5.891.540.000,00  
2023.2  OPEA SECURITIZADORA S.A.   R$                            15.157.932.999,00  
2024.1  OPEA SECURITIZADORA S.A.   R$                              8.538.174.722,21  
2024.2  OPEA SECURITIZADORA S.A.   R$                              9.007.811.102,00 

Fonte: Quantum Finance

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Histórico de emissões;

Preços médios dos títulos na curva e no mercado secundário;

Documentos oficiais com termos de securitização e aditamentos;

Pagamentos de juros e amortizações.

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Metodologia do levantamento

O estudo considerou CRIs e CRAs ativos e inativos. 

Para a elaboração do levantamento de volume de emissões de CRIs e CRAs, consideramos como ordem de prioridade os dados de: Volume de Emissão, Volume Ofertado e Volume Integralizado. 

Para atender o recorte semestral proposto, foi realizado o agrupamento de dados do volume emitido de CRIs ou CRAs no semestre considerado. 

Para a lista das principais securitizadoras por período, considerou-se o maior valor por semestre e o emissor correspondente. 

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