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Fundos de crédito privado: Valor Econômico

Quantum Fundos de Crédito Privado 2021 Matéria Valor Econômico

Os fundos de crédito privado continuam captando em velocidade acelerada, com os investidores atraídos pelo ciclo de alta da Selic. No entanto, a concentração dos recursos novamente em carteiras com liquidez diária já acende um sinal de atenção no segmento- tanto que algumas gestoras fecharam fundos para captação (ou avaliando a medida). Essa é a constatação de matéria produzida pelo Valor Econômico, sobre as recentes movimentações deste mercado.  A Quantum contribuiu com os dados, extraídos da plataforma Quantum Axis.

Fundos de crédito privado:  problemas na indústria e reajustes na pandemia

A matéria resgata o histórico da indústria, que teve problemas por conta das retiradas. No fim de 2019 houve um descasamento entre ativos e passivos: produtos com liquidez diária captaram de forma acelerada e esse aumento de demanda acabou levando à compressão muito acentuada dos spreads das emissões de debêntures. E depois da primeira onda de resgates. até por conta da falta de atratividade das operações, logo veio a segunda leva, impulsionada pela covida-19. Não somente a onda de retiradas foi em função da pandemia em si, mas como alteração da própria Selic, que foi para as mínimas.

Levantamento Quantum: patrimônio e captação

Conforme levantamento feito pela Quantum para o veículo, uma amostra de 521 fundos de gestoras independentes com no mínimo 50% do patrimônio líquido em ativos de crédito privado teve captação líquida de R$ 3,3 bilhões em maio de 2021, no segundo mês de resultado positivo após quase dois anos de resgates. A maior parte dos recursos, 85%, foi para produtos com liquidez em até 30 dias (até 22 dias úteis). Essas carteiras respondem por 82% do patrimônio líquido da indústria, de R$ 165 bilhões. Já em junho, até o dia 18, a captação estava em R$4,5 bilhões, bem expressiva para o mercado.

Confira a evolução das carteiras desde 2019.

Novo fechamento de fundos

Até a terceira semana de junho, Icatu Vanguarda Crédito Privado informou que o fundo será fechado a partir de 30 de julho ou quando o patrimônio líquido (PL) atingir R$ 1,7 bilhão. A Riza chegou a fechar seu fundo, mas reabriu dias depois. O fechamento mais recente foi feito pela gestora ARX, depois de seu fundo com liquidez imediata atingir PL de R$ 3,5 bilhões – nem antes da pandemia ele havia ficado deste tamanho.

Sobre a movimentação do ano passado, Vivian Lee, sócia responsável pela área de crédito da gestora Ibiúna Investimentos, comenta: “Não acho que veremos o mesmo movimento de queda acelerada dos spreads que em 2019. Inclusive porque já há fundos com liquidez imediata que cresceram de forma acelerada e estão fechando para a captação. Os gestores estão atentos para preservar os cotistas e a própria estratégia”.

Do lado dos emissores, entre as empresas pouco frequentes nesse mercado que fizeram operações está a varejista de roupas C&A, que captou R$ 500 milhões em papéis de quatro anos a CDI + 2,5 % ao ano. Também houve operação da Centauro, de comércio de artigos esportivos, que levantou R$ 300 milhões. Já em prazos mais longos, empresas como Vamos e Rumo estão colocando papéis para 15 anos. A maioria das operações continua sendo para reperfilar dívidas.

O levantamento da Quantum mostra ainda que fundos com resgate acima de 30 dias também atraíram quantidade relevante de recursos, R$ 484 milhões. Pela primeira vez desde abril de 2020, retomaram PL de R$ 30 bilhões.

Fonte: Valor Econômico – publicação 24/6

Clique aqui e confira a matéria na íntegra 

 

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