fbpx
Imagem de destaque sobre levntamento de fundos de crédito privado Quantum para e-investidor

Compartilhe este post

Fundos de crédito privado – análise

Por que os investidores devem olhar para os fundos de crédito privado? A partir de um levantamento exclusivo da Quantum sobre a indústria, o portal E-Investidor publicou um especial para investidores e profissionais do mercado. Confira a matéria a seguir, com o levantamento completo.

Por que os investidores devem olhar para os fundos de crédito privado?

Alta taxa de juros, inflação a dois dígitos e a necessidade das companhias de investimento ofereceram um cenário ideal para os fundos de crédito privado em 2021. De acordo com um levantamento feito pela Quantum, disponibilizado com exclusividade ao E-Investidor, a maioria dos fundos encerrou o ano passado com saldo positivo. A perspectiva, na avaliação de especialistas em renda fixa, é que o bom desempenho siga ao longo deste ano devido à projeção do aumento da Selic e ao período eleitoral.

O estudo analisou a captação líquida, patrimônio líquido, número de cotistas e a rentabilidade de 1.912 fundos de crédito privado presentes no mercado. O resultado das observações é que esse tipo de investimento apresentou um crescimento de 66% no número de cotistas de 1.º dezembro de 2020 até o dia 23 de dezembro de 2021.

O aumento é ainda mais expressivo para a captação líquida dos fundos, com um salto de 978% durante o mesmo período. Já o patrimônio líquido cresceu cerca de 59,6% em um ano. Confira o levantamento mês a mês:

Levantamento Quantum - indústria de fundos crédito privado

 

Segundo Luiz Corrêa, sócio da Nexgen Capital, com o aumento da Taxa Selic e da inflação, os investidores viram oportunidades de bons retornos em investimentos na renda fixa. Por isso, os fundos de crédito privado se tornaram uma opção atrativa no mercado. “Com a baixa performance da bolsa de valores, o investidor tem um risco de alocar os seus investimentos em renda variável. Por isso, estão fazendo essa migração”, explica Corrêa.

Em janeiro de 2021, a Selic estava no menor patamar da história a 2% ao ano. No entanto, com o crescimento da inflação, o Copom decidiu aumentar a taxa de juros que chegou a 9,25% em dezembro. Apesar das sucessivas altas, a expectativa é de novos aumentos, podendo chegar a 11,5% a.a até o fim deste ano, segundo a projeção do Boletim Focus.

Já em relação à inflação, os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que, no acumulado de 12 meses referente ao mês de dezembro de 2021, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) chegou a 10,06%.

No entanto, esses indicadores não foram as únicas causas do rebalanceamento das carteiras. Rodrigo Caetano, especialista em investimentos na Toro, cita o processo de retomada da economia como outro fator para o aumento do interesse dos investidores pelos fundos de crédito privado. De acordo com ele, as empresas precisaram de investimentos para atender a alta demanda com a flexibilização das restrições de isolamento social. Uma das formas de alavancar recursos encontrada pelas empresas é a emissão de crédito privado. “Todo esse contexto favoreceu muito o investidor que em 2021 decidiu investir em fundos de crédito privado”, ressalta Caetano.

Segundo dados da Anbima, as emissões de renda variável em 2021 chegaram a R$ 467,9 bilhões. O valor foi considerado o maior da série histórica. As debêntures foram os maiores destaques com um volume de R$ 253,4 bilhões, mais do que o dobro do que foi registrado em 2020.

Rentabilidade de fundos de crédito privado

A rentabilidade dos fundos de crédito privado no acumulado de 2021 também foi positiva. De acordo com o levantamento da Quantum, os fundos Ayka Fic Multimercado Crédito Privado, da Titan Capital, e Mercado Livre I Fi Multimercado Crédito Privado, da Captalys, foram os investimentos nesta categoria com os melhores desempenhos ao registrar retornos de 92,7% e de 85,3%, respectivamente.

A boa notícia é que os fundos de crédito privado devem continuar com boas performances em 2022. De acordo com Rafael Freitas, planner do TC, como a taxa de juros está bem precificada no mercado neste momento, a projeção para o crédito privado é de bons rendimentos. “Por estar no começo de um ano cheio de incertezas, tudo é possível. No entanto, o cenário é positivo para a renda fixa”, ressalta Freitas.

Por esse motivo, Stefan Castro, sócio e gestor da AF Invest, acredita ser interessante ter uma parte dos seus investimentos aplicados em fundos de crédito. “Essa é uma classe de ativos que pode te defender de momentos mais desafiadores. Se tivermos um cenário eleitoral não benéfico, a gente deve ter taxas de juros elevadas por mais tempo”, avalia Castro.

O gestor da AF Invest acrescenta ainda que os fundos de crédito privado permitem aos investidores de pessoas físicas o acesso a investimentos mais diversificados. “A gente tem fundos, por exemplo, que só compram papéis de empresas com a melhor qualidade de crédito. Você tem acesso a fundos com gestores qualificados, que investem em ativos bancários, títulos estruturados e debêntures”, detalha Castro.

Confira os cinco fundos com os maiores retornos em 2021

FundoGestão2021
AYKA FIC MULTIMERCADO CRÉDITO PRIVADOTitan Capital92,79%
MERCADO LIVRE I FI MULTIMERCADO CRÉDITO PRIVADOCaptalys85,37%
RORAIMA FI MULTIMERCADO CRÉDITO PRIVADOIcatu Vanguarda82,91%
107 FI RENDA FIXA CRÉDITO PRIVADOWestern Asset62,67%
AXSP FIC MULTIMERCADO CRÉDITO PRIVADOEagle Capital61,34%

 

Compartilhe este post

Menu