Ícone do site Quantum Finance

Impacto das empresas Americanas e Light: confira os retornos dos fundos de crédito privado e DI

Efeitos Americanas e Light: Desempenho dos fundos de crédito privado

Imagem Quantum Finance

Os fundos de renda fixa DI e os fundos de crédito privado apresentaram uma queda em relação às projeções nos últimos dois anos, de acordo com levantamento feito pelos nossos experts aqui da Quantum, especialmente para o portal E-investidor.

Segundo a reportagem, apesar disso, os retornos obtidos são considerados aceitáveis, levando em consideração as dificuldades financeiras e os calotes da Americanas (AMER3) e da Light (LIGT3).

 

Qual é o rendimento dos Fundos DI?

Os fundos DI têm como meta seguir as variações do Certificado de Depósito Interbancário (CDI) e alocam principalmente em títulos públicos, como o Tesouro Selic. Adicionalmente, esses fundos podem incluir outros tipos de ativos, como Certificados de Depósito Bancário (CDBs).

O CDI é um índice de referência que acompanha a taxa Selic, a qual está em 13,75% ao ano. Nos últimos 12 meses, o CDI registrou um índice de 13,50%. Sendo assim, um fundo que busca acompanhar essa taxa não deveria apresentar um desempenho inferior a esse valor. No entanto, devido às adversidades enfrentadas, a média de retorno dos fundos DI nos últimos 12 meses foi de 12,99%.

 

Qual é a rentabilidade dos fundos de crédito privado?

Os fundos de crédito privado investem em títulos de dívida emitidos por empresas privadas, com o objetivo de diversificar o risco de crédito ao investir em ativos de diferentes emissores e setores da economia. Portanto, a rentabilidade desses fundos varia de acordo com o perfil de risco dos títulos presentes em cada carteira, destaca a reportagem do E-Investidor.

No entanto, esses fundos foram particularmente impactados pela crise resultante dos calotes da Americanas e da Light. Como essas empresas possuíam uma participação significativa de títulos de dívida em vários fundos, quando elas entraram em recuperação judicial e suspenderam os pagamentos, ocorreu um impacto considerável em todo o setor, com os investidores enfrentando o risco de sofrer grandes perdas financeiras.

De acordo com nossa análise, com dados até o dia 19 de maio, os fundos de crédito privado apresentaram um retorno médio de 12,75% nos últimos 12 meses, em comparação com os 13,50% do CDI. No período de seis meses mais recente, a diferença é um pouco menor, com um retorno de 6% para os fundos de crédito privado em relação a 6,61% do CDI.

No entanto, os fundos de crédito privado, em grande parte, visam proporcionar retornos acima do CDI. Seu objetivo é superar o CDI, com possibilidades de rendimento variando de 105% a até 150% do CDI, dependendo do perfil de risco de cada fundo.

 

Conclusões sobre o caso

De acordo com a Paloma Brum, analista da Toro Investimentos: “Os casos da Americanas e da Light atingiram todo o mercado inicialmente, mas depois verificou-se que nem todos seriam de fato atingidos e com isso houve recuperação”, ou seja, embora a média esteja ruim, existem vários fundos que fizeram da crise um momento para se beneficiarem.

Ainda pontuou a analista da Toro: “Quem estava com dinheiro em caixa pegou boas oportunidades. A indústria se dividiu em dois lados: fundos que sofreram muito, principalmente em razão da Americanas. E de outro lado os fundos bem posicionados que conseguiram se beneficiar desse momento”.

Na visão dela, a média não revela todas as ótimas opções que continuaram a entregar retornos promissores. “A média é calculada com base em um panorama geral, mas existem fundos que estão apresentando um desempenho muito superior ao CDI, enquanto outros estão tendo retornos negativos”, destaca.

Ao falar especificamente sobre os fundos DI, a analista justifica que, além de terem sido afetados pela crise da Americanas e da Light, eles também incorrem em taxas de administração, o que resulta em um desconto no retorno para o investidor. “Naturalmente o fundo DI não consegue entregar o DI cheio porque tem a taxa de administração”, lembra.

CONFIRA AGORA O ARTIGO COMPLETO:

Sair da versão mobile