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CDBs estão rendendo menos? Balanço 2025

Em cenário de juros altos, a renda fixa continua sendo uma aposta atrativa para investidores. Mas algumas opções estão perdendo fôlego em termos de remuneração, como os CDBs. Confira o estudo sobre rendimentos dos CDBs em 2025, produzido pela Quantum para a Investnews.  

Selic em 15%. E os CDBs?  

Quando muita gente quer a mesma coisa, o preço dessa coisa sobe. E, no caso dos títulos de renda fixa, sempre que os preços sobem, as taxas deles recuam. É  o que está acontecendo com os CDBs: com tanta gente se estapeando por títulos de dívida, dada a Selic no nível em que está, a remuneração desse produto vem caindo. 

O Banco Central decidiu no dia 17/9/2025 pela manutenção da taxa básica de juros em 15% ao ano. E isso fazer esse movimento de queda na remuneração continuar – pelo menos no curto prazo. O investidor parece disposto a aproveitar os momentos finais de Selic e CDI nas máximas 

Na prática, o que essa demanda maior por CDBs está causando é uma redução nos spreads – a taxa acima do CDI que esse produto paga ao investidor. Isso fica claro quando se olha para os últimos três meses.  

Segundo levantamento da Quantum Finance, a remuneração máxima nos títulos com vencimento em três meses era de 120% do CDI em julho. Agora, em setembro, as emissões do mesmo prazo estão saindo ao redor de 103% do CDI. O mesmo fenômeno se vê em outros vencimentos, entre seis meses e dois anos. 

Quando se olha a taxa média também houve uma queda. Em julho, os CDBs de três meses rendiam em média 100,79% do CDI. Agora, essa taxa caiu para 99,83%. 

Veja o levantamento dos títulos pós-fixados nos últimos 2 meses:  

Taxas CDBs indexados ao %CDI 
mês de emissão  prazo (meses)  indexador  mínimo  média  máximo  numero de ativos 
Julho  3  %DI  97,50%  100,79%  120,01%  53 
Julho  6  %DI  96,00%  98,66%  103,00%  64 
Julho  12  %DI  90,00%  99,17%  109,00%  80 
Julho  24  %DI  95,25%  99,62%  120,00%  52 
Agosto  3  %DI  90,00%  99,95%  105,00%  60 
Agosto  6  %DI  96,50%  98,41%  103,75%  41 
Agosto  12  %DI  90,00%  99,85%  106,30%  75 
Agosto  24  %DI  96,81%  98,99%  107,00%  67 
                   
Taxas CDBs indexados ao CDI+  
mês de emissão  prazo (meses)  indexador  mínimo  média  máximo  numero de ativos 
Julho  6  DI+  0,27%  0,35%  0,42%  10 
Julho  12  DI+  0,30%  0,41%  0,65%  19 
Julho  24  DI+  0,36%  0,48%  0,60%  2 
Agosto  3  DI+  0,27%  0,29%  0,31%  5 
Agosto  6  DI+  0,26%  0,34%  0,40%  12 
Agosto  12  DI+  0,28%  0,37%  0,50%  15 
Agosto  24  DI+  0,88%  0,88%  0,88%  1 

 

Taxas de CDBs indexados à inflação  
mês de emissão  prazo (meses)  indexador  taxa mínima  taxa média  taxa máxima  número de títulos 
Julho  12  IPCA  8,94%  9,50%  9,95%  156 
Julho  24  IPCA  7,76%  8,35%  8,90%  148 
Agosto  12  IPCA  8,90%  9,60%  9,99%  97 
Agosto  24  IPCA  7,63%  8,10%  8,67%  62 

Fonte: Quantum Finance.  

Considerando as taxas máximas desde o começo do ano, o movimento é ainda mais pronunciado: de janeiro a setembro deste ano, considerando todos os vencimentos, a taxa máxima das emissões chegava a 125%. Confira o estudo agora considerando o ano de 2025 (data de corte até 11/9/2025)  

Segundo a reportagem, não é só futuro da Selic que influencia o rendimento dos CDBs. Lucas Batista, sócio do banco de investimento Archx Capital, entrevistado pela Investnews, lembra que o outro lado da moeda tem a ver com a necessidade de captação dos bancos. 

Hoje, com a economia em desaceleração e os juros em nível alto, a concessão de crédito perde força. E é o esperado. Afinal, o juro elevado serve para isso mesmo: com menos crédito na praça, comprime-se o consumo e, claro, controla-se a inflação. Nesse cenário, os bancos ficam mais seletivos na oferta de empréstimos. 

O CDB é um instrumento bem importante para os bancos conseguirem funding para os empréstimos. Se os bancos estão colocando o pé no freio no crédito – ou, no mínimo, tirando o pé do acelerador –, então a necessidade de levantar esses recursos diminui. E isso explica a queda do rendimento dos CDBs. 

Com a Selic caindo, o esperado é o inverso: a economia tende a ganhar mais força, a necessidade de crédito das empresas e das pessoas aumenta e o banco precisa captar mais. Com menos pessoas buscando títulos de renda fixa, já que a atratividade desse segmento será menor, é a hora em que as instituições precisam subir os spreads para convencer o investidor a comprar seus papéis. 

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Confira a reportagem completa  

Matéria: CDBs estão rendendo menos? Por que a aposta em corte de juros já está mexendo com a renda fixa 

Autor: Juliana Machado 

Por InvestNews– Publicado em 17/9/2025  

Informações Financeiras: Quantum Finance  

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