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Melhores e piores ações 2021 | Valor Investe

Com o início do segundo semestre de 2021, resta a dúvida para o investidor e aqueles que acompanham os movimentos do mercado financeiro: quais foram as melhores decisões no quesito ações até o momento? Para responder essa questão, o especialista em Finanças Carlos Heitor Campani recorre aos dados. Ele usa a plataforma Quantum para levantar as rentabilidades de 2021 e indicar as melhores e piores ações do 1º semestre 2021, trazendo análises interessantes na sua coluna no Valor Investe, reproduzida a seguir.

Campani analisa o universo dos papéis (ações e units) que compõem o IBrX 100 atualmente, por ser um índice mais abrangente do que o Ibovespa e escolher seus 100 constituintes pelos maiores índices de negociabilidade, funcionando como um “ótimo filtro de liquidez”. Para o expert, qualquer análise de ações que não estejam neste índice precisa ser feita com extrema atenção, “pois a baixa liquidez esconde riscos que retornos diários não conseguem capturar”, salienta.

É importante notar que o especialista utiliza retornos totais, ou seja, que incorporam eventuais dividendos, juros sobre capital próprio, splits, bonificações, aumentos de capital etc. “Com isso, alguns dos retornos apresentados abaixo não serão exatamente iguais à variação da cotação do papel em 2021”.

Além de apresentar a rentabilidade alcançada, Campani calcula o desvio-padrão e o alfa, ambos anualizados. O alfa é calculado tendo por base o modelo CAPM (Capital Asset Pricing Model), sendo utilizados o Ibovespa como índice de mercado e o CDI como taxa livre de risco. “O alfa de um papel representa o retorno obtido além daquele que se espera pelo risco assumido, sendo este risco medido pelo beta do papel”, explica o professor.

Melhores e piores ações 2021: janeiro-julho

Primeiro são elencados os 20 papéis de maior destaque na bolsa dentre os 100 constituintes do IBrX 100. Carlos Heitor Campani comenta as primeiras posições: “O papel da Braskem (BRKM5) é o grande campeão nos sete primeiros meses de 2021, com uma rentabilidade de 145% e o maior dos alfas anualizados: estrondosos 408%. Em seguida, aparece a ação do grupo Pão de Açúcar (PCAR3), com números igualmente maravilhosos. Isso se deve, em boa parte, à cisão do Assaí, negócio muito bem-visto pelo mercado. Ressalto que, para chegar ao retorno de 128,9%, considerei que no dia da cisão o investidor tenha vendido a ação ASAI3 recebida ao preço de fechamento do pregão”.

Um total de sete papéis mais do que dobraram de valor em sete meses, com rentabilidades acima dos 100%. Confira o ranking:

Já a pior performance dentre todos os papéis constituintes do IBrX 100 ficou com a ação da Light (LIGT3), tendo perdido 37,3% de valor nos primeiros sete meses do ano. Esse papel também entregou o pior alfa de todos, correspondendo a um retorno anualizado de 56% abaixo do previsto pelo seu beta. Com a segunda pior rentabilidade em 2021, aparece o papel AMER3 (ex-BTOW3), tendo se desvalorizado mais de 35%. Fechando esse pódio negativo aparece a ação EZTC3, com desvalorização de 34,2% no ano.

 

O professor disponibilizou em seu site a planilha com o ranking completo com os 100 papeis analisados. Siga o seu Instagram e solicite a planilha.

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