O Ibovespa ganhou tração em julho, marcando seu segundo mês consecutivo de alta.
A valorização de 3,02% foi também a maior de 2024 até agora, tendo superado o desempenho de fevereiro e junho, os outros dois meses positivos.
Apesar de os ruídos fiscais e a queda nos preços das commodities terem ameaçado a performance do índice ao longo das últimas semanas, o bom humor prevaleceu, fazendo de julho o primeiro mês do ano com saldo positivo para investimento estrangeiro na B3.
Confira o resumo da bolsa brasileira em julho:
Commodities em queda testam a bolsa brasileira
A desaceleração das duas maiores economias do mundo (EUA e China) impactou os preços das commodities em julho.
Com participação relevante na composição do Ibovespa, as commodities chegaram a pressionar a bolsa local em alguns pregões.
Apesar do impacto nas ações exportadoras, a queda nos preços acabou sendo ofuscada pelo otimismo com um eventual início de ciclo de flexibilização monetária nos EUA.
Investidor estrangeiro volta sua atenção ao Brasil
Investidores estrangeiros mais compraram do que venderam na B3 em julho.
O fluxo positivo de R$ 7,34 bilhões no mês passado (considerando participação em IPOs e follow-ons) quebrou a sequência de retirada de capital gringo da bolsa que vinha se estendendo desde janeiro.
O empurrão veio principalmente das sinalizações quanto à proximidade do primeiro corte de juros nos EUA após a última decisão do Fomc (em tradução para o português, Comitê Federal de Mercado Aberto).
A manutenção dos juros americanos dentro da faixa de 5,25-5,50% ao ano veio dentro do esperado. O que animou os mercados foram as falas de Jerome Powell, que reforçou a ideia de que o primeiro corte não demoraria muito mais a acontecer.
Enquanto isso, no Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central endureceu o tom em seu último comunicado. As autoridades mantiveram a taxa Selic no patamar de 10,50% ao ano, destacando:
- A incerteza com o cenário global;
- Projeções de inflação mais altas;
- E a resiliência na atividade econômica doméstica.
Top 10 ações do Ibovespa com os maiores retornos em julho
Em julho, as ações da Embraer decolaram e lideraram o ranking de maiores retornos para o período.
As boas perspectivas do mercado para as operações da companhia serviram de combustível para uma valorização de 21,19%.
Outra ação que se saiu bem foi a Sabesp, após a conclusão do processo de privatização. O governo do Estado de São Paulo levantou R$ 14,77 bilhões com a venda de 32% da companhia de saneamento.
Recém-desestatizada, a Sabesp teve um desempenho positivo de quase 18% no mês passado.
Nome | Ticker | Retorno em julho |
EMBRAER ON NM – EMBR3 | EMBR3 | 21,19% |
WEG ON NM – WEGE3 | WEGE3 | 20,25% |
SABESP ON NM – SBSP3 | SBSP3 | 17,70% |
VIVARA S.A. ON NM – VIVA3 | VIVA3 | 14,85% |
VAMOS ON NM – VAMO3 | VAMO3 | 14,00% |
VIBRA ON NM – VBBR3 | VBBR3 | 13,35% |
PETRORECSA ON NM – RECV3 | RECV3 | 11,43% |
DEXCO ON NM – DXCO3 | DXCO3 | 11,43% |
ELETROBRAS ON N1 – ELET3 | ELET3 | 10,38% |
TIM ON NM – TIMS3 | TIMS3 | 10,14% |
Fonte: Quantum Finance
Top 10 ações do Ibovespa com os menores retornos em julho
O ranking de menores retornos do Ibovespa em julho é liderado pelo tombo de 21,37% da Usiminas. Pesaram sobre a ação os resultados do segundo trimestre de 2024 e a divulgação de projeções fracas, mal-recebidos pelo mercado.
Após a boa performance no primeiro semestre de 2024, os frigoríficos entraram em correção. Em julho, Marfrig teve perdas de 8,50%, enquanto BRF acumulou uma queda de 7,10%.
Nome | Ticker | Retorno em julho |
USIMINAS PNA N1 – USIM5 | USIM5 | -21,37% |
COGNA ON ON NM – COGN3 | COGN3 | -14,12% |
SAO MARTINHO ON NM – SMTO3 | SMTO3 | -9,88% |
TOTVS ON NM – TOTS3 | TOTS3 | -8,81% |
MARFRIG ON NM – MRFG3 | MRFG3 | -8,50% |
SID NACIONAL ON – CSNA3 | CSNA3 | -8,13% |
MAGAZ LUIZA ON NM – MGLU3 | MGLU3 | -8,13% |
IRBBRASIL RE ON NM – IRBR3 | IRBR3 | -7,25% |
CVC BRASIL ON NM – CVCB3 | CVCB3 | -7,14% |
BRF SA ON NM – BRFS3 | BRFS3 | -7,10% |
Fonte: Quantum Finance
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