O Ibovespa ampliou as perdas em novembro.
O mês marcou uma queda de 3,12% do índice, mais uma vez abalado pelos ruídos fiscais domésticos.
Com isso, o Ibovespa acumula rentabilidade negativa de 6,35% em 2024.
Investidores reagiram mal ao novo pacote fiscal apresentado pelo governo, que renovou a onda de aversão a risco por ativos domésticos.
Dentro desse cenário, o dólar atingiu topos históricos de fechamento.
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Ibovespa: mercado tem reação negativa ao novo pacote fiscal
Na reta final do mês, o governo apresentou um pacote de contenção de gastos públicos com o objetivo de equilibrar as contas nos próximos anos.
O anúncio era amplamente aguardado pelo mercado, visto que parte dos investidores não estava convencido da meta de déficit zero para 2024.
E a reação ao pacote não foi nada positiva, tanto que o Ibovespa derreteu mais de 2% no pregão seguinte à divulgação.
O novo pacote fiscal estima economias de R$ 70 bilhões em dois anos, sendo R$ 30 bilhões em 2025 e R$ 40 bilhões em 2026.
Para isso, a equipe econômica propõe uma série de medidas que inclui:
- Redução a médio prazo do abono salarial;
- Isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil por mês;
- Aumento de imposto para quem ganha mais de R$ 50 mil por mês.
Dólar a R$ 6
Novembro também teve como destaque a corrida presidencial dos EUA. Em mais uma disputa entre democratas e republicanos, o ex-presidente Donald Trump garantiu sua volta à Casa Branca.
E o mercado reagiu de forma expressiva aos resultados, levantando o dólar para novas máximas – e outros ativos, como criptomoedas, também.
As eleições norte-americanas, somadas ao ambiente fiscal fragilizado no Brasil, permitiu que o dólar se mantivesse forte.
No último dia de negociação do mês, o dólar comercial atingiu R$ 6, maior patamar desde a criação do Plano Real.
Top 10 ações do Ibovespa com maiores retornos em novembro
Em novembro, alguns frigoríficos voltaram a figurar entre as ações com melhores desempenhos.
Marfrig (MRFG3) subiu 19,63% e JBS (JBSS3) terminou o mês com uma valorização de 6,63%.
Embraer (EMBR3) encabeçou a lista de altas, com ganhos de 19,91%.
Nome | Ticker | Retorno em novembro |
EMBRAER ON NM | EMBR3 | 19,91% |
MARFRIG ON NM | MRFG3 | 19,63% |
BRAVA ON NM | BRAV3 | 17,08% |
CVC BRASIL ON NM | CVCB3 | 17,07% |
GERDAU MET PN N1 | GOAU4 | 12,92% |
GERDAU PN N1 | GGBR4 | 12,62% |
PETROBRAS ON | PETR3 | 9,11% |
PETROBRAS PN | PETR4 | 8,33% |
KLABIN S.A. UNT N2 | KLBN11 | 8,29% |
JBS ON NM | JBSS3 | 6,63% |
Fonte: Quantum Finance
Top 10 ações do Ibovespa com menores retornos em novembro
Do lado das baixas, ações com maior exposição ao cenário doméstico sofreram mais pressão.
MRV (MRVE3) foi a ação que registrou as maiores perdas no Ibovespa, encerrando com uma queda de 23,70%.
Lojas Renner (LREN3), Cyrela (CYRE3) e Carrefour Brasil (CRFB3) também compõem o top 10 piores desempenhos:
Nome | Ticker | Retorno em novembro |
MRV ON NM | MRVE3 | -23,70% |
HAPVIDA ON NM | HAPV3 | -23,30% |
LOJAS RENNER ON NM | LREN3 | -18,90% |
CYRELA REALT ON NM | CYRE3 | -15,36% |
CSNMINERACAOON N2 | CMIN3 | -14,98% |
BRASKEM PNA N1 | BRKM5 | -14,58% |
CARREFOUR BR ON NM | CRFB3 | -14,55% |
ULTRAPAR ON NM | UGPA3 | -14,12% |
COSAN ON NM | CSAN3 | -13,79% |
AZUL PN N2 | AZUL4 | -13,20% |
Fonte: Quantum Finance
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