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Os CDBs mais rentáveis de 2022 e expectativas para 2023

CDBs: retornos do ano e as expectativas para 2023

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Os CDBs mais rentáveis de 2022 e expectativas para 2023

O ano acabou e podemos afirmar: 2022 foi positivo para quem investiu em títulos bancários. A escalada da Selic em 13,75% ao ano alavancou os retornos dos Certificados de Depósito Bancário (CDB).

Ao longo de 2022, a Quantum realizou diversos levantamentos quinzenais sobre as taxas desses títulos de renda fixa, a pedido do portal InfoMoney

E para fechar esse ciclo com chave de ouro, elaboramos um estudo com os melhores CDBs de 2022. Os dados correspondem entre os dias 3 de janeiro e 15 de dezembro do ano passado.

Confira abaixo as principais informações sobre esse mercado:

CDBs atrelados ao CDI

Nosso levantamento mostrou papéis com retornos em até 128% do CDI ao ano, com vencimento em 24 meses. O principal benchmark de renda fixa fechou o ano com uma rentabilidade de 13,65%.

Contudo, esses títulos representam uma das taxas máximas dos CDBs no ano. 

A rentabilidade média dos títulos com mesmo vencimento foi de 100,89% em 2022. 

Confira os principais dados abaixo:

Retornos de CDBs indexados ao CDI (de 03/01/2022 a 15/12/2022)
Prazo (meses) Indexador Taxa mínima Taxa média Taxa máxima Número de ativos Emissor da maior taxa
3 DI 75,00% 101,77% 106,75% 1.202 BANCO PAN
6 DI 90,00% 100,76% 122,00% 1.066 BANCO MASTER
12 DI 90,00% 100,93% 126,00% 1.591 SINOSERRA FINANCEIRA
24 DI 92,00% 100,89% 128,00% 1.323 SINOSERRA FINANCEIRA
36 DI 82,00% 104,38% 127,00% 174 SINOSERRA FINANCEIRA

Fonte: Quantum Finance. Obs: Os retornos são brutos, sem descontar o Imposto de Renda.

CDBs prefixados

Os prefixados também trouxeram bons retornos aos investidores. Nosso estudo captou rentabilidade máxima 19,56% ao ano para CDBs de 6 e 12 meses. 

O retorno médio de títulos de mesmo prazo vai para 13,68% e 13,65%, respectivamente. Ou seja, retornos bem próximos aos 13,65% do CDI.

Retornos de CDBs prefixados (de 03/01/2022 a 15/12/2022)
Prazo (meses) Indexador Taxa mínima Taxa média Taxa máxima Número de títulos Emissor da maior taxa
3 PREFIXADO 3,94% 13,46% 14,29% 915 BANCO BTG PACTUAL
6 PREFIXADO 6,51% 13,68% 19,56% 569 BANCO MASTER
12 PREFIXADO 6,51% 13,65% 19,56% 886 BANCO MASTER
24 PREFIXADO 6,51% 13,11% 15,95% 250 BANCO DAYCOVAL
36 PREFIXADO 11,78% 12,86% 14,88% 68 BANCO VOTORANTIM

Fonte: Quantum Finance. Obs: Os retornos são brutos, sem descontar o Imposto de Renda.

CDBs atrelados ao IPCA

Nosso levantamento mostra os CDBs pagando até 9,81% acrescentados da variação do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) em 2022. A média dos papéis de mesma duração foi de 7,09% mais a inflação.

Mas, mesmo em títulos com maiores durações, não se observou retornos maiores em média.

Por exemplo, a rentabilidade média de CDBs indexados à inflação com prazo de 24 e 36 meses. Ambos os papéis obtiveram menores retornos médios que títulos mais curtos, como de 12 meses.

Os CDBs de 24 meses alcançaram um juro médio de 6,04% acrescido do IPCA. Já os papéis de 36 meses chegaram a uma rentabilidade média de 5,74%.

Veja abaixo os retornos:

Retornos de CDBs indexados à inflação (de 03/01/2022 a 15/12/2022)
Prazo (meses) Indexador Taxa mínima Taxa média Taxa máxima Número de títulos Emissor da maior taxa
12 IPCA 4,30% 7,09% 9,81% 3.679 BANCO BTG PACTUAL
24 IPCA 4,66% 6,04% 8,49% 669 BANCO BMG
36 IPCA 4,20% 5,74% 8,30% 169 BRK FINANCEIRA

Fonte: Quantum Finance. Obs: Os retornos são brutos, sem descontar o Imposto de Renda.

Expectativas para 2023

O portal InfoMoney ouviu Rodrigo Sgavioli, chefe de alocação e fundos da XP. O especialista aposta no investimento em CDBs como forma de proteção contra a inflação no próximo ano.

“Para o médio e longo prazos, esse tipo de papel é que vai defender o investidor de uma inflação que deve voltar a subir em 2024 e 2025”, pondera Sgavioli.

O Relatório Focus registrou pioras na projeção para a inflação em 2024 e 2025, quando comparado ao documento anterior. As expectativas subiram de 3,50% para 3,60% e de 3,10% para 3,20%, respectivamente.

A reportagem também entrevistou Carlos Lopes, economista do banco BV, para ouvir explicações dessas alterações. Ele credita esse aumento à preocupação dos agentes com os efeitos da expansão fiscal pelo novo governo federal, sem contrapartidas.

“Nas nossas contas, o governo precisaria buscar um aumento de carga tributária muito significativo para que a dinâmica da dívida não fosse crescente, ou seja, para que fosse possível estabilizá-la entre três e cinco anos”, observa Lopes.

O profissional ainda destaca que nem a independência do Banco Central iria garantir uma baixa da inflação diante de uma política fiscal expansionista.

Arley Junior, estrategista de Investimentos do Santander, defende a presença de investimentos atrelados ao CDI na carteira de investidores — principalmente, os conservadores. 

“A renda fixa deve ser destaque em 2023. O próprio CDI está oferecendo 1% ao mês. Isso é muito atrativo. Todos os perfis [de investidor] precisam ter um percentual nessa classe”, defende o especialista do Santander.

O profissional ainda sugere que os papéis prefixados não sejam descartados das carteiras. Junior não descarta novas altas da Selic, dependendo das políticas fiscais do próximo governo.

A reportagem recomendou o aporte de 5% do portfólio em opções prefixadas, incluindo CDBs e outros ativos. Junior considera atrativas as taxas com até 13,5% de rentabilidade. 

CONFIRA AGORA A REPORTAGEM COMPLETA:

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