Enquanto não há ofertas públicas iniciais na Bolsa (IPOs) em função do cenário macro difícil e dos juros altos, o segmento de investimento em cotas de companhias negociadas fora da Bolsa mostra resistência. Trata-se do mercado de fundos de private equity e venture capital.
É o que mostra matéria especial na Folha de S. Paulo, com informações levantadas pela Quantum Finance.
Crescimento dos fundos de venture capital e private equity
Nos primeiros cinco meses deste ano, o patrimônio líquido da indústria de FIPs (Fundos de Investimentos em Participações) soma quase R$ 581 bilhões, valor 16% superior aos R$ 502 bilhões acumulados até o final do ano passado e dez vezes maior do que os R$ 55 bilhões anotados em 2011.
Nesse intervalo de pouco mais de uma década, o número de fundos de private Equity e venture capital passou de 139 para 1.220. A quantidade de cotistas avançou de 468 para 35.152.
A indústria de private equity é focada em empresas maduras e a de venture capital injeta capital em empresas em desenvolvimento com potencial de crescimento.
Conforme a reportagem, embora não seja possível apontar a quantidade de novas empresas que buscaram capitalização nesse segmento, nem de afirmar que as companhias trocaram a Bolsa pelo capital privado, os dados da evolução dos fundos privados mostram uma constância que se contrapõe à abrupta interrupção da onda de IPOs.
Veja a evolução anual da indústria de FIPs:
Ano | FIP (patrimônio líquido, em R$ bilhões) |
2011 | 54,77 |
2012 | 74,78 |
2013 | 111,23 |
2014 | 138,13 |
2015 | 151,04 |
2016 | 155,94 |
2017 | 196,41 |
2018 | 224,52 |
2019 | 285,81 |
2020 | 366,52 |
2021 | 501,82 |
2022* | 580,62 |
Fonte: Quantum/*dados compilados até maio de 2022
Por outro lado, 2022 não teve nenhum IPO até o momento.
Em 2021, a Bolsa registrou 46 aberturas de capital e em 2020, foram 28.
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Autor: Clayton Castelani
Publicado por: Folha de S.Paulo
Informações financeiras: Quantum Finance