O bom humor prevaleceu no mercado local em janeiro, e o Ibovespa entregou uma valorização de quase 5%.
O principal índice da bolsa brasileira avançou 4,86%, atingindo seu melhor desempenho mensal desde agosto de 2024, quando alcançou máximas históricas.
A engatada nesse início de ano chega após a má fase que assolou a renda variável doméstica.
Incertezas fiscais e a retomada do ciclo contracionista de juros no Brasil fez o Ibovespa perder mais de 10% no ano passado, pior resultado desde 2021.
Em janeiro, os destaques ficaram para a surpresa positiva com o comunicado do Banco Central (BC) e a recalibragem de expectativas com o novo governo de Donald Trump nos EUA.
Veja a seguir o resumo do mês. Navegue por conteúdo:
Ibovespa: bolsa local e outros mercados de olho em tarifas de Trump
O mês de janeiro marcou a volta de Trump à Casa Branca – e com ela, maiores temores de que as novas tarifas sobre produtos importados renovassem a cautela dos investidores.
A grande preocupação estava no cumprimento dessas medidas de taxação mais agressivas sobre as importações, especialmente as de origem chinesa.
O cenário criaria um desequilíbrio nas relações comerciais globais, o que pressionaria a inflação das principais economias no mundo.
Porém, Trump adotou um tom mais contido do que o esperado ao longo de janeiro, aliviando em parte os temores dos mercados.
Mas a virada para fevereiro veio junto com a confirmação de tarifas sobre os principais parceiros comerciais dos EUA: Canadá, China e México. O terceiro país conseguiu um acordo com Trump para pausar as taxações até o próximo mês.
Surpresa com comunicado do Copom impulsiona Ibovespa
Um dos pontos mais repercutidos pelos investidores em janeiro foi a primeira reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC.
A discussão sobre o caminho dos juros no Brasil entre as autoridades monetárias foi a primeira do ano sob o comando de Gabriel Galípolo.
Apesar do novo aumento de 1 ponto percentual da Selic, para 13,25%, o Ibovespa disparou no pregão seguinte à decisão.
Isso porque o tom do comunicado foi considerado mais dovish (suave) por uma parcela do mercado, que passou a levantar a hipótese do fim do ciclo de altas mais cedo que o previsto.
No documento divulgado junto com a decisão, o BC destacou os riscos de uma desaceleração da atividade econômica no país. Ao mesmo tempo, manteve um discurso firme de combate à inflação.
Ainda no comunicado, o BC disse que antevê mais uma alta de 1 ponto percentual na próxima reunião caso o cenário se mantenha adverso.
Top 10 ações do Ibovespa com os maiores retornos em janeiro
Em janeiro, os retornos das ações do Ibovespa chegaram a atingir 42,75%.
A maior valorização veio pela CVC Corp (CVCB3), seguida do papel da Azul (AZUL4).
O alívio no câmbio contribuiu para o bom desempenho de ações voltadas ao ambiente doméstico. No caso da Azul, o mercado também repercutiu a notícia de um acordo entre a empresa e a Gol (GOLL4) para explorar a possibilidade de uma combinação de negócios.
Confira os destaques positivos do Ibovespa em janeiro:
Nome | Retorno |
CVC BRASIL ON NM – CVCB3 | 42,75% |
AZUL PN N2 – AZUL4 | 29,94% |
COGNA ON ON NM – COGN3 | 29,36% |
TOTVS ON NM – TOTS3 | 27,33% |
IRBBRASIL RE ON NM – IRBR3 | 24,62% |
ASSAI ON NM – ASAI3 | 21,70% |
CYRELA REALT ON NM – CYRE3 | 20,53% |
BTGP BANCO UNT – BPAC11 | 20,41% |
YDUQS PART ON NM – YDUQ3 | 19,88% |
BRASKEM PNA N1 – BRKM5 | 19,26% |
Fonte: Quantum Finance / Data-base: 02/01/2025 a 31/01/2025
Top 10 ações do Ibovespa com os menores retornos em janeiro
Entre as maiores baixas, BRF (BRFS3) apresentou o pior desempenho entre os papéis que compõem o Ibovespa.
O frigorífico recuou 13,68% em janeiro, tendo como revés a suspensão temporária das atividades de avicultura na Geórgia, EUA, após casos de gripe aviária no estado.
Além de BRF, Marfrig (MRFG3) foi impactada pelo noticiário negativo. A companhia fechou o mês com queda de 6,69%.
Veja:
Nome | Retorno em janeiro |
BRF SA ON NM – BRFS3 | -13,68% |
RAIZEN PN N2 – RAIZ4 | -12,04% |
AUTOMOB ON NM – AMOB3 | -8,82% |
AUREN ON NM – AURE3 | -7,53% |
MARFRIG ON NM – MRFG3 | -6,69% |
GERDAU MET PN N1 – GOAU4 | -6,15% |
VIBRA ON NM – VBBR3 | -5,49% |
AMBEV S.A. ON – ABEV3 | -5,45% |
COSAN ON NM – CSAN3 | -5,15% |
GERDAU PN N1 – GGBR4 | -5,07% |
Fonte: Quantum Finance / Data-base: 02/01/2025 a 31/01/2025
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