Os Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs) são uma modalidade de renda fixa que está ganhando cada vez mais espaço no país. O cenário macro ainda está favorecendo esses ativos, afinal, a Selic prossegue em patamar relativamente elevado.
E aqui estamos falando de crédito privado, que embute mais risco, oferecendo, em geral, maiores rentabilidades em contrapartida.
Os FIDCs, compostos por recebíveis de empresas como aluguéis, cheques, duplicatas e valores parcelados em carnês e cartões de crédito.
Se você acompanha jornais e veículos especializados em economia e finanças, deve ter notado que ‘volta e meia’ saem notícias sobre novas emissões feitas por companhias de vários setores, inclusive, diversas fintechs têm seguido nesse caminho.
Para você ficar por dentro da dimensão atual, aqui estão alguns dados.
Hoje, são 4.346 séries de FIDCs ativas, sendo que 954 foram lançadas em 2022. O patrimônio líquido total do segmento já soma R$ 347 bilhões.
O Quantum Axis, nossa plataforma mais robusta de inteligência de mercado, possui informações detalhadas sobre o segmento de FIDCs, tudo com checagens e a curadoria dos nossos experts.
Com inteligência artificial e o trabalho de analistas, a Quantum tem ampliado a sua atuação como provedora de dados sobre o mercado de FIDCs.
Conforme regulamentação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), os aportes diretos em FIDCs só podem ser feitos somente por investidores qualificados e profissionais, ou seja, pessoas com pelo menos R$ 1 milhão em aplicações financeiras ou especialistas certificados que trabalham na área de finanças e no setor de investimentos.
Porém, investidores do varejo em geral também podem acessar essa categoria via fundos de investimento 555, desde que eles possuam no máximo 20% em FIDCs nas suas carteiras.
Quanto rendem os FIDCs? Veja o mapeamento por setores
Por conta do cenário de desenvolvimento do mercado de FIDCs e do avanço das emissões, os experts da Quantum fizeram um levantamento para mostrar quanto rendem os FIDCs, de acordo com os setores:
- Agroindústria e comércio
- Financeiro
- Fomento mercantil
- Outros
Os dados das séries e as amortizações foram devidamente tratados. E, no estudo, foram utilizados os retornos médios ponderados pelo PLs (patrimônios líquidos) para consolidar as informações.
Confira:
Retornos dos FIDCs por setores em diversas janelas de tempo:
|
Classificação Anbima |
Retorno 1M | Retorno YTD (2022) | Retorno 12M | Retorno 24M |
Retorno 36M |
|
Agroindústria e Comércio |
0,89% | 5,24% | 9,74% | 14,94% | 26,07% |
| Financeiro | 0,27% | 5,75% | 12,79% | 33,64% |
49,44% |
|
Fomento Mercantil |
0,81% | 8,66% | 16,78% | 35,55% | 54,33% |
| Outros | 0,53% | 7,08% | 11,99% | 22,13% |
52,47% |
Fonte: Quantum Finance / data-base: 30/09/2022
O estudo da Quantum comparou as rentabilidades de todos os FIDCs do mercado, agrupados por classificação Anbima. A data-base da apuração é 30 de setembro deste ano.
Como podemos notar, no acumulado de 2022, as rentabilidades variam de 5,24% a 8,66%. Todas estão abaixo do CDI do período, de 8,85%. O setor mais próximo desse benchmark é o de fomento mercantil (8,66%).
Em 12 meses, três setores tiveram retornos acima do CDI, de 10,89%, apurado nessa janela: financeiro (12,79%); fomento mercantil (16,78%) e outros (11,99%). Somente agroindústria e comércio, com desempenho abaixo do índice de referência.
Já no horizonte temporal mais largo, de 36 meses, todos os setores superam disparado o CDI, de 18,27%. Os FIDCs pela divisão setorial renderam de 26,07% a 54,33%. O melhor desempenho foi do setor de fomento mercantil.
Só na Quantum, você tem esse tipo de informação.
Continuamos aprofundando nossas análises sobre FIDCs, uma categoria que cresce no país!
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