O mercado de juros trouxe um aumento para os investidores nos últimos dias. Podemos listar como razões as tensões com o pleito presidencial do Brasil e o aperto monetário das maiores economias do mundo.
Se os títulos federais sofreram oscilações, o mercado privado de renda fixa também não sairia ileso. Os investidores observaram altas e recuos nos Certificados de Depósito Bancário (CDBs).
A Quantum realizou um levantamento completo desses papéis, a pedido do portal InfoMoney. Os dados foram apurados entre os dias 11 a 24 de outubro.
Confira abaixo:
CDBs atrelados ao CDI
Nosso levantamento mostrou uma alta na taxa máxima dos CDBs atrelados ao DI. A última quinzena ofereceu papéis de 36 meses com rentabilidade bruta de 120% ao ano, ou seja, um retorno superior em 2% ao anterior.
A taxa máxima também subiu nos demais prazos: CDBs de seis meses saíram de 103,50% para 106,00% do CDI; e de dois anos foram de 118% do CDI para 119% do benchmark.
Por outro lado, as taxas médias desses títulos caíram na maior parte dos vencimentos. A maior retração aconteceu em CDBs de três meses, passando de 101,05% do CDI para 100,78% do CDI.
Retornos de CDBs indexados ao CDI (de 11/10 a 24/10) |
||||||
Prazo (meses) | Indexador | Taxa mínima | Taxa média | Taxa máxima | Número de títulos |
Emissor da maior taxa |
3 |
DI | 97,50% | 100,78% | 104,00% | 20 |
BANCO BTG PACTUAL |
6 |
DI | 97,50% | 100,65% | 106,00% | 28 | BANCO BMG |
12 | DI | 90,00% | 100,27% | 108,00% | 49 |
HAITONG BANCO DE INVESTIMENTOS DO BRASIL |
24 |
DI | 92,00% | 101,12% | 119,00% | 66 | BANCO MASTER |
36+ | DI | 100,00% | 103,23% | 120,00% | 31 |
CARUANA FINANCEIRA |
Fonte: Quantum Finance. Obs: Os retornos são brutos, sem descontar o Imposto de Renda.
CDBs prefixados
Outubro não foi um mês bom para os prefixados. Na contramão dos indexados ao DI, os CDBs prefixados apresentaram queda na taxa máxima durante a última quinzena.
Nosso estudo mostra uma retração na rentabilidade máxima dos papéis de 36 meses. Esses CDBs sofreram uma queda de 13,37% para 12,47%, a maior entre os papéis prefixados.
O mesmo processo aconteceu nos papéis com vencimento de seis meses. Esses CDBs caíram de 14,50% para 14,02% durante os dois últimos levantamentos de outubro.
A taxa média também retraiu durante a última quinzena. Um exemplo foram os CDBs com prazo de 36 meses. Os títulos observaram uma queda de 0,45% e chegaram aos 12,47% ao ano.
Retornos de CDBs prefixados (de 11/10 a 24/10) |
||||||
Prazo (meses) | Indexador | Taxa mínima | Taxa média | Taxa máxima | Número de títulos |
Emissor da maior taxa |
3 |
PREFIXADO | 13,47% | 13,67% | 13,88% | 17 | BANCO DAYCOVAL |
6 | PREFIXADO | 13,60% | 13,83% | 14,02% | 15 |
BANCO BTG PACTUAL |
12 |
PREFIXADO | 13,20% | 13,41% | 13,61% | 5 | BANCO DAYCOVAL |
24 | PREFIXADO | 11,85% | 12,28% | 12,78% | 5 |
BANCO DAYCOVAL |
36+ |
PREFIXADO | 12,30% | 12,39% | 12,47% | 2 |
BANCO DAYCOVAL |
Fonte: Quantum Finance. Obs: Os retornos são brutos, sem descontar o Imposto de Renda.
CDB atrelado à inflação
Pela primeira vez desde o início dos estudos em abril deste ano, nossos experts encontraram somente uma oferta de CDB indexado ao IPCA registrada na B3.
Assim como os demais papéis, esse CDB também sofreu uma queda na taxa máxima. A retração foi de 1,99%, oferecendo uma rentabilidade de 7,05% anual entre os dias 11 e 24 deste mês.
A reportagem do InfoMoney justificou a baixa com as expectativas para a inflação deste e do próximo ano.
Nesta semana, o Relatório Focus, do Banco Central, apontou uma expectativa de IPCA em 5,60% para 2022. Ou seja, abaixo dos 5,88% previstos há quatro semanas.
Essa perspectiva também se repetiu para 2023. Economistas consultados pelo Bacen esperam uma inflação em 4,94% para 2023. Logo, abaixo dos 5,00% esperados no último mês.
Veja abaixo o único papel ofertado em outubro:
Retornos de CDBs indexados à inflação (de 11/10 a 24/10) |
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Prazo (meses) |
Indexador | Taxa mínima | Taxa média | Taxa máxima | Número de títulos | Emissor da maior taxa |
12 | IPCA | 7,05% | 7,05% | 7,05% | 1 |
BANCO RODOBENS |
Fonte: Quantum Finance. Obs: Os retornos são brutos, sem descontar o Imposto de Renda.
CONFIRA AGORA A REPORTAGEM COMPLETA:
- Autor: Bruna Furlani
- Por: InfoMoney – Publicado em 25/10/2022
Informações Financeiras: Quantum Finance