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Raio-X do Investidor 2023: Confira os insights

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Como investem os brasileiros?

Nós acompanhamos live sobre a pesquisa Raio-X do Investidor 2023, promovida pela Planejar (Associação Brasileira de Planejamento Financeiro), entidade com a qual a Quantum tem parceria.

O levantamento, que revela os hábitos de poupança, investimento e as interações dos brasileiros com instituições financeiras, foi elaborado pela Anbima.

Nesse evento da Planejar (15/05), o entrevistado foi Marcelo Billi, superintendente de Sustentabilidade, Inovação e Educação da entidade.

Veja aqui alguns dos insights que coletamos nesse encontro tão enriquecedor.

Saiba o que é o Raio-X do Investidor

Uma pesquisa que escuta uma amostra representativa da população brasileira, incluindo pessoas economicamente ativas e os aposentados que possuem renda, o que corresponde a mais de 160 milhões de brasileiros.

Nesse questionário, são feitas perguntas para que se possa entender a saúde financeira ao longo do ano vigente e o planejamento de renda para o ano seguinte. Como resultado da última pesquisa, foi descoberto que apenas 32% das pessoas conseguiram economizar em 2022, ou seja, menos de 1 terço da população.

Depois é necessário avaliar quantas, dessas pessoas que economizam, investem em ativos e produtos financeiros. Após alguns filtros serem utilizados, o último resultado alcançado foi de uma margem de 38% de pessoas investindo no ano passado.

Após isso, é perguntado se os respondentes pretendem começar ou continuar investindo ao longo do próximo ano. Assim, é criado um “índice de confiança” com potenciais pessoas a investirem no mercado, nesse caso, em 2023. Chegou-se então a um aumento de 5%, conforme o resultado coletado, o que corresponderia a mais 9 milhões de pessoas, em termos líquidos.

Afinal, onde os brasileiros investem?

Em relação às preferências dos investidores brasileiros, está na dianteira a poupança, com aderência de 25%; seguida dos imóveis (4%), fundos de investimentos (4%) e títulos privados (4%). Depois, com fatias menores, de 2 e 3%, aparecem os títulos públicos, ações, previdência privada e moedas digitais.

Além disso, dois cortes muito importantes para a diferenciação de hábitos de consumo continuam sendo o de classe social e o geracional, esses dois grupos podem se distanciar bastante uns dos outros em relação as suas decisões.

Endividamento das famílias: pesquisas em curso

Levantamento da CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo) indica que 80% das famílias estão endividadas atualmente, um dado alarmante e que vem subindo aos últimos anos. Porém, com os resultados do Raio-X do Investidor já era possível presumir que a saúde financeira do brasileiro não estaria boa, afinal, muitas famílias adentraram a pandemia sem reservas.

Para entender melhor a relação das famílias com o estresse financeiro, a Anbima está rodando pesquisas para coletar dados sobre o assunto, e assim obter um indicador, até mesmo para chegar a uma ligação do estresse financeiro a saúde mental, coisa que até então o Raio-X não cobria.

Atualmente, a FEBRABAN possui um indicador financeiro do brasileiro e o resultado coletado em 2022 foi que o índice de saúde financeira caiu ao longo da pandemia, muito por conta do estresse e preocupação, o que afeta diretamente na produtividade no trabalho. A partir disso, estão sendo propostas soluções e formas de ajudar a população a lidar com esse problema.

Ao que se atribui a baixa aderência da Previdência Privada?

De fato, poucas pessoas se preparam para a aposentadoria, mas ainda não foi feita uma pesquisa qualitativa visando entender por que o produto de Previdência é tão pouco demandado, quando os investimentos com foco no futuro é uma das grandes necessidades do brasileiro.

Parece, então, segundo Marcelo Billi da Anbima, que há um problema de posicionamento do produto, que em momentos da nossa história foram vendidos de maneira “não-adequada”, além da sua complexidade por si só, o que acaba atrapalhando o processo decisório das pessoas, mesmo quando é claramente positivo e vantajoso.

Além disso, há um dado na pesquisa que diz que apenas 51% dos respondentes acreditavam de fato depender do INSS, quando na verdade 90% dependem de fato. Um recorte que diz muito a respeito da classe social, e assim, o rendimento médio que cada uma possui. O impacto das classes C, D e E de conseguir se aposentar ou ter um aposentado na família, é diferente que o das classes A e B.

Na pandemia, aumentaram os números de influenciadores de finanças: Real ou Fake?

Existem duas vertentes para esse resultado, a oferta e a demanda de informação. Sim, a oferta de conhecimento do mercado financeiro aumentou muito, mas foi um progresso detectado antes da pandemia, quando inclusive a Anbima iniciou um monitoramento nas redes para entender esse movimento. Afinal, os influenciadores se tornaram agentes importantes na distribuição de produtos e educadores financeiros no Brasil.

De acordo com o último estudo da entidade, foi visto que o número de usuários atingidos pelos 500 influenciadores brasileiros reconhecidos no radar chegou a aproximadamente 160 milhões de perfis. Além disso, foi levantado quantos perfis acompanham os grandes veículos de comunicação do país, e foi concluído que, mesmo assim, os influenciadores conseguem mais do que canais somados.

O que de fato teve a ver com a pandemia foi a demanda por informação, afinal, estavam todos em lockdown sem muitas opções de lazer, então muitas pessoas fizeram cursos e começaram a acompanhar mais de perto o mercado financeiro, ampliando em larga escala o consumo desses conteúdos.

Sendo assim, atualmente as redes sociais se tornaram locais relevantes e que não podem ser ignorados ao se falar de finanças em geral ou produtos de investimento em particular. Na geração Z, por exemplo, há uma aderência de 60% a conteúdos de influenciadores de finanças em suas redes, o que é um indicador de tendência.

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