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Fundos de ações driblam má-fase: veja os maiores retornos

Fundos de ações: As performances da indústria no ano

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Fundos de ações driblam má-fase: veja os maiores retornos

O ano de 2022 não vem sendo um dos melhores para o segmento de ações e outros ativos de risco. A bolsa de valores sofre com cenário macro desafiador e incertezas fiscais no país, além de questões externas como alta dos juros nos Estados Unidos, lockdowns na China e guerra entre Rússia e Ucrânia. Então, esses fatores naturalmente impactam os fundos de ações (FIAs).

A indústria sofreu esse ano e a maioria dos produtos despencou em 2022. Mas, algumas exceções conseguiram driblar essa tempestade e entregar bons rendimentos aos investidores no ano.

A Quantum acompanha o mercado financeiro com as melhores ferramentas analíticas do país e apurou os FIAs mais rentáveis, a pedido do portal E-Investidor.

Confira abaixo os principais dados do estudo.

Os melhores fundos de ações em retorno

Apesar do ano negativo, nossos experts encontraram dois fundos com rentabilidade acima dos 100% no ano. 

Os fundos  Bradesco Cielo FI Ações e BB Cielo FI Ações registraram retornos de 128,12% e 125,80%, respectivamente.

Os demais produtos acumularam abaixo dos 60% no ano.

Metodologia: Fundos regidos pela Instrução 555 e classificados como Ações, não exclusivos, em funcionamento normal na CVM e com número de cotistas igual ou superior a 100. Foram selecionados aqueles com dados suficientes para cálculo do retorno no período entre 3/01 e 14/11/2022. 

Confira abaixo o ranking completo. A janela analisada contempla dados entre 3 de janeiro a 14 de novembro deste ano.

Nome Retorno no ano
BRADESCO CIELO FI AÇÕES 128,12%
BB CIELO FI AÇÕES 125,80%
BRADESCO BB SEGURIDADE FI AÇÕES 58,70%
BB AÇÕES BB SEGURIDADE FI AÇÕES 58,70%
ITAÚ PETROBRAS FI AÇÕES 46,27%
ITAÚ INDEX PETROBRÁS FIC AÇÕES 45,96%
BRADESCO H PETROBRAS FI AÇÕES 45,31%
BRADESCO PETROBRAS FI AÇÕES 45,27%
CAIXA PETROBRAS FI AÇÕES 45,24%

O que dizem os especialistas sobre esses fundos de ações?

A reportagem do E-Investidor ouviu alguns especialistas para explicar os resultados da nossa lista.

Os dois fundos líderes compram e vendem papéis da Cielo (CIEL3), o que explica a boa rentabilidade do fundo. Afinal, as ações da empresa registraram alta de 132,2% até o dia 14 de novembro. 

Se compararmos com o primeiro pregão do ano, as ações negociadas saltaram de R$ 2,20 para R$ 5,11 até o último levantamento. 

“São fundos passivos, que só acompanham as ações da Cielo, a empresa que mais sobe no ano. É uma alta ligada especificamente à companhia”, explicou Vania Cervini, especialista em investimentos da Ágora Investimentos.

Outro ponto a ser destacado é o alto impacto no ano da CIEL3 no Ibovespa, índice de referência do mercado. Com isso, o ano representou uma mudança significativa na relevância desse ativo financeiro entre os investidores. 

Principalmente, por causa das rentabilidades passadas do papel. Por exemplo, entre 2018 a 2021, as ações operaram no vermelho e chegaram a cair em mais de 50%.

A matéria ainda destacou os ganhos operacionais, divulgados pelos balanços da empresa, com foco na contenção de custos e nos pagamentos por meio de cartões de crédito e débito. 

Outro ponto foi o baixo preço dos papéis, atraindo mais pessoas a investirem em ações da Cielo. 

Fundos de investimentos em crise 

O Ibovespa é o principal benchmark dos fundos de ações e acumula alta de 5,82% em 2022. O principal indicador da bolsa fechou o primeiro pregão de dezembro com 110.925,60 pontos.

Apesar desses números, a modalidade dos fundos de ações é uma com bastante dificuldade para superar o Ibovespa em 2022. 

“Foi um ano muito ruim para os fundos de ações. Há pouquíssimos no positivo e muitos caindo mais de 15%, mesmo com o Ibov em alta de 6%”, destacou Dan Kawa, sócio da TAG Investimentos e colunista do E-Investidor.

Kawa ainda lembra que somente Petrobras (PETR4 e Vale (VALE3), além da Cielo (CIEL3) apresentam retornos relevantes.

Já no fim do ano, o especialista fez um balanço de 2022.“Varejo, setor imobiliário e energia; todos sofreram muito por questões macro ou micro e agora lidam com as incertezas do novo governo. Ainda vimos o investidor pessoa física saindo do mercado, com os fundos passando por dezenas de semanas seguidas de resgates”, destaca Kawa.

Pensando no longo prazo, 2023 também promete cautela entre os investidores, como visto ao longo de 2022. 

A expectativa é de desaceleração de economias desenvolvidas, o que penaliza ativos de renda variável. “A economia real vai sentir todo o impacto desse aumento nos juros e redução de liquidez no exterior. Acredito que 2023 também será um ano difícil”, opina Tomás Awad, sócio-fundador da 3R Investimentos.

CONFIRA AGORA A REPORTAGEM COMPLETA:

Informações Financeiras: Quantum Finance

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