Mesmo diante de desafios macro e conjunturais, o Brasil tem vivenciado um crescimento significativo do seu mercado de capitais, com ampliação da oferta de ativos e evolução na quantidade de investidores nos últimos anos. É notável a maior conscientização em relação à importância de diversificar investimentos, para mitigar riscos e maximizar os ganhos ao longo do tempo.
O número de pessoas físicas investindo na Bolsa brasileira tem batido recordes, assim como tem ocorrido em relação à busca de títulos do Tesouro. O fato é que há maior procura por variados tipos de ativos, ou seja, uma série de oportunidades mais rentáveis do que a tradicional poupança.
Mas o que chama a atenção é uma nova tendência: o leque está se abrindo no que diz respeito aos investimentos offshore.
A diversificação internacional de carteiras tende a avançar entre os investidores brasileiros. Isso porque, além da maior disseminação de informações, investir fora do país se tornou muito mais fácil.
Por muito tempo, investir no exterior era apenas para os mais ricos, sendo necessários patrimônio considerável e aportes elevados. Fora isso, era algo que dependia de processos excessivamente burocráticos. Mas, hoje, não é mais assim.
Agora, vigora um movimento rumo à maior popularização. Há diversas plataformas de investimentos e bancos que disponibilizam contas internacionais com a possibilidade de acessar facilmente ativos lá fora, em jornadas simplificadas.
Podemos listar aqui algumas das instituições que apostam nesse serviço: Avenue, que passou a ter como um dos sócios o Itaú, C6, Inter, Nomad, XP e Bradesco.
Quais são as vantagens dos investimentos offshore?
Cada vez mais a busca por oportunidades de investimentos irá transcender as fronteiras do Brasil.
E a diversificação internacional das carteiras por meio de investimentos offshore é uma estratégia para potencializar o patrimônio. Isso porque possível encontrar alternativas rentáveis, bem como mecanismos de proteção.
Veja as principais vantagens:
Diversificação geográfica: É a distribuição do risco da carteira em mais de um país.
Proteção contra o risco Brasil: É um hedge, mecanismo de proteção, para momentos de crises e incertezas políticas e econômicas locais.
Navegação em ciclos econômicos diferenciados: Países podem estar em estágios diferentes de seus ciclos econômicos. Portanto, a diversificação internacional permite aos investidores se beneficiarem da diversidade de condições econômicas ao redor do mundo, aproveitando fases de crescimento.
Acesso a empresas, setores e mercados globais: Possibilidade de fazer escolhas entre uma gama maior de companhias e setores promissores e inovadores da economia global.
Ampla variedade de ativos e instrumentos financeiros: Diferentes mercados oferecem uma variedade maior de ativos, instrumentos financeiros e fundos, isto é, são mais possibilidades disponíveis para proteger o patrimônio e potencializar os ganhos.
Maior oferta de investimentos ESG: A diversificação no exterior também possibilita o acesso a um universo maior de empresas que se destacam por iniciativas sustentáveis, respeitando o meio ambiente e a sociedade, além de seguirem boas práticas de governança corporativa.
Exposição a moedas fortes: Com investimentos internacionais, uma parcela da carteira pode ficar exposta a moedas fortes como euro e o dólar, que costumam atravessar melhor períodos de crise.
Otimização e eficiência do portfólio: A combinação de ativos locais com offshore pode resultar em uma carteira mais eficiente em termos de risco e retorno, conforme os objetivos de curto, médio e longo prazo.
Porta de entrada com aportes módicos: Vale ressaltar ainda que há muitas possibilidades para se investir a partir de aportes acessíveis. Um dos exemplos é o mercado fracionário de ações, não sendo obrigatória a compra de lotes fechados de papéis.
Facilidade de abertura de contas e operações: Os investidores podem abrir contas de forma fácil e fazer as operações de compra e venda de ativos, via aplicativos ou plataformas aqui no Brasil, com informações em Português, com navegação bastante intuitiva. A oferta desses serviços tem aumentado e, diante da maior concorrência, eles tendem a ser aprimorados daqui pra frente.
Como você viu, investir no exterior tem vários benefícios, mas é preciso saber analisar e escolher os ativos com critério, avaliando os riscos e as dinâmicas dos diferentes mercados.
Por isso, a ajuda de assessores, consultores, gestores de patrimônio e planejadores financeiros torna-se ainda mais importante para os investidores.
Mercado dos Estados Unidos
Quando se fala em diversificação internacional, a “grande estrela” é o mercado americano, que possui amplo universo de empresas listadas e de ativos, que também permitem acessar facilmente outros mercados no mundo.
Para se ter uma ideia, enquanto a Bolsa brasileira possui em torno de 430 empresas listadas, são cerca de 6 mil companhias listadas nas bolsas americanas.
Somente na Nasdaq, são mais de 3,5 mil empresas listadas, entre elas, as famosas Big Techs como Apple, Microsoft, Alphabet, Meta e Nvidia.
O mercado americano tem ainda mais 8 mil outros tipos ativos, sem contar os fundos de investimento.
Principais ativos no mercado americano:
- Bonds: títulos de renda fixa emitidos por empresas.
- Reits: veículo de investimento do mercado imobiliário dos EUA.
- Ações: amplo leque de ações de empresas americanas e multinacionais
- ADRs: certificados de ações com lastro em papéis de empresas estrangeiras.
- ETFs: fundos de índices, que podem ser de ações, renda fixa, commodities, criptomoedas, entre outros.
Investimentos internacionais na Bolsa brasileira
Vale destacar que, os investidores também podem acessar determinados ativos do exterior, operando diretamente na B3. Os principais veículos para isso são:
ETFs: fundos de índices de referência de ativos no exterior negociados na Bolsa brasileira como o S&P 500 da Bolsa de Nova York.
BDRs: certificados representativos de ações, ETFs (fundos de Índices) e outros ativos de diversos países, que são negociados na B3.
Outro caminho para investir em ativos estrangeiros é por meio de fundos de investimento. No país, há fundos que investem ativos no exterior. Neste caso, a vantagem é contar uma gestão especializada.
Aliás, os fundos que investem 100% dos recursos no exterior foram liberados para investidores do varejo, com a entrada em vigor da Resolução CVM 175 em 2 de outubro do ano passado. Assim, conforme analistas e players de mercado, aos poucos a oferta desses produtos poderá ganhar mais espaço.
Como analisar e controlar investimentos offshore?
O Quantum Axis, plataforma completa para gestão estratégica de investimentos, conta com uma ampla base de dados, reunindo informações de todos os ativos e fundos nacionais, além de uma ampla gama de alternativas offshore.
No sistema, é possível pesquisar, comparar ativos e portfólios e simular estratégias.
Por sua vez, o consolidador de carteiras, também embarcado no Quantum Axis, permite acompanhar o desempenho dos investimentos locais e estrangeiros, inclusive, com a possibilidade de monitorar as rentabilidades nas moedas de preferência.
Há outras ferramentas específicas, entre elas, o Painel Analítico Offshore, que revela os ativos investidos pelas gestoras de fundos brasileiras no mercado americano.
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