fbpx

Número de CDBs pós-fixados cresce, mas rentabilidade recua na segunda quinzena de janeiro

CDBs: Ofertas sobem, mas taxas não acompanham

Compartilhe este post

Número de CDBs pós-fixados cresce, mas rentabilidade recua na segunda quinzena de janeiro

Janeiro acabou e o mercado de Certificados de Depósito Bancário (CDBs) já se movimentou bastante nesse início de 2023. 

É o que aponta levantamento quinzenal da Quantum sobre esses títulos de renda fixa, que é feito exclusivamente para o portal InfoMoney. Os dados recentes correspondem entre os dias 17 e 30 do primeiro mês do ano.

A oferta de papéis pós-fixados cresceu nesse período analisado, porém a rentabilidade máxima encontrada foi de 118%, o que representa um recuo em relação à quinzena anterior. 

As taxas oferecidas por produtos prefixados também caíram e o percentual máximo oferecido chegou a 14,93%. 

Quanto aos papéis atrelados ao IPCA, houve queda nas taxas dos produtos com prazos de vencimento maiores. 

Confira abaixo as principais informações do último estudo:

CDBs atrelados ao CDI

Nesse período entre 17 e 30 de janeiro, o mercado projetava um atraso no ciclo de corte dos juros. Com isso, muitos investidores recorreram aos papéis indexados ao CDI. E a indústria reagiu a esse aumento na demanda.

Nossos experts notaram um aumento na oferta de CDBs atrelados ao DI nos últimos meses. No último levantamento de outubro, nós contabilizamos 194 títulos disponíveis no mercado. Já na última quinzena, encontramos 233 papéis. 

A oferta também supera a encontrada no final de novembro do ano passado, quando nosso time encontrou 184 produtos dessa categoria.

Assim, os dados atuais se aproximam do observado entre o fim de agosto e início de setembro de 2022. Neste período, as ofertas de CDBs indexados ao CDI bateram a casa dos 234.

Contudo, se houve aumento na oferta, não podemos dizer o mesmo das rentabilidades. Enquanto em outubro, as taxas batiam os 120% do CDI em títulos de 36 meses, em janeiro o número não passa de 118% do CDI para papéis de mesma validade.

O comportamento se repetiu em CDBs com vencimento de 12 e 24 meses: em outubro, esses títulos pagavam 108% do CDI e 119% do CDI, respectivamente; já no último estudo, as taxas chegaram a 104% do CDI e 113% do CDI, nessa ordem.

O rendimento ainda caiu, quando comparado ao do levantamento anterior. Por exemplo, CDBs com vencimentos a partir de 24 meses ofereciam retorno de até 123% do CDI entre os dias 3 e 16 de janeiro. Agora, essas taxas chegam até 113% do CDI.

Podemos notar isso ainda em papéis de 36 meses, cuja rentabilidade é de 118% do CDI, contra 128% do CDI na quinzena anterior.

Confira os principais dados abaixo:

Retornos de CDBs indexados ao CDI (de 17/01 a 30/01)
Prazo (meses) Indexador Mínimo Média Máximo Número de títulos Emissor da maior taxa
3 %CDI 97,50% 101,23% 104,00% 15 BANCO ABC BRASIL, BANCO BTG PACTUAL
6 %CDI 97,50% 100,29% 106,00% 46 BANCO BTG PACTUAL
12 %CDI 90,00% 99,09% 104,00% 47 BANCO DAYCOVAL
24 %CDI 92,00% 100,66% 113,00% 72 BANCO C6
36 %CDI 100,00% 103,13% 118,00% 53 BANCO MERCANTIL BRASIL

Fonte: Quantum Finance. Obs: Os retornos são brutos, sem descontar o Imposto de Renda.

CDBs atrelados ao IPCA

Diferentemente dos anteriores, os papéis indexados à inflação não variaram muito entre os períodos analisados. Após meses de escassez desses produtos devido à deflação, as ofertas mantiveram a média dos últimos levantamentos — ou seja, entre cinco e oito lançamentos.

Mas notamos mudanças nas taxas oferecidas pelas instituições. Houve uma queda significativa na rentabilidade dos CDBs. Por exemplo, um papel com vencimento de 24 meses oferecia 6,25% acrescido do IPCA no levantamento anterior. Hoje, esse mesmo título não oferece mais que 6,10% mais a inflação.

Veja abaixo os principais dados:

Retornos de CDBs indexados à inflação (de 17/01 a 30/01)
Prazo (meses) Indexador Taxa mínima Taxa média Taxa máxima Número de títulos Emissor da maior taxa
24 IPCA 5,50% 5,89% 6,10% 6 BANCO ABC BRASIL
36 IPCA 5,10% 5,20% 5,30% 2 BANCO ABC BRASIL

Fonte: Quantum Finance. Obs: Os retornos são brutos, sem descontar o Imposto de Renda.

CDBs prefixados

Os prefixados foram outros papéis a apresentarem um aumento gradativo na oferta. Nossos experts contaram 57 títulos no final de novembro contra os 70 contados no último levantamento.

Assim como os demais, as taxas também não acompanharam a alta da oferta. Encontramos prefixados com vencimento em 24 meses com retorno de 15,50% no final de novembro, enquanto em janeiro o título com mesmo prazo paga 13,15%.

O comportamento se repete na comparação com o levantamento da primeira quinzena deste ano. Um CDB prefixado com vencimento em três meses tinha uma rentabilidade de 13,79%, mas hoje esse pagamento não ultrapassa os 13,60%.

Veja abaixo os retornos:

Retornos de CDBs prefixados (de 17/01 a 30/01)
Prazo (meses) Indexador Taxa mínima Taxa média Taxa máxima Número de títulos Emissor da maior taxa
3 PREFIXADO 13,35% 13,45% 13,60% 7 BANCO DAYCOVAL
6 PREFIXADO 13,30% 13,61% 14,25% 36 BANCO ABC BRASIL
12 PREFIXADO 13,15% 13,57% 14,39% 22 BANCO RODOBENS
24 PREFIXADO 12,55% 12,77% 13,15%     3 BANCO ABC BRASIL
36 PREFIXADO 14,60% 14,77% 14,93%       2 BANCO RODOBENS

Fonte: Quantum Finance. Obs: Os retornos são brutos, sem descontar o Imposto de Renda.

CONFIRA AGORA A REPORTAGEM COMPLETA:

Compartilhe este post

Menu