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Confira as debêntures mais rentáveis do ano e o que esperar em 2023

Debêntures: Os melhores retornos e o que esperar em 2023

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Confira as debêntures mais rentáveis do ano e o que esperar em 2023

Se por um lado as empresas não lançaram novas ações na bolsa no ano, não podemos dizer o mesmo sobre os títulos de crédito privado. 

As debêntures movimentaram mais de R$ 234,9 bilhões no mercado até novembro deste ano, um valor 5,2% maior do que o mesmo período em 2021. Para se ter uma ideia, esses papéis representaram metade das emissões de renda fixa, segundo a Anbima.

Diante desse cenário, a Quantum realizou um levantamento sobre a rentabilidade das debêntures em 2022, a pedido do portal InfoMoney

Confira abaixo as principais informações sobre esse mercado:

Debêntures mais rentáveis de 2022 

O nosso estudo mostra empresas pagando entre 15,79% a 27,01% para os investidores. 

Consideramos somente debêntures com PU indicativo na Anbima, incluindo as emitidas ou vencidas durante o ano. Os dados correspondem ao acumulado do ano até o dia 7 de dezembro.

A debênture com maior retorno é da Concessionária Rota das Bandeiras, com vencimento em julho de 2027, pagando 27,01%.  A companhia é responsável pelo Corredor Dom Pedro, em São Paulo.

Fechando o pódio, na segunda e terceira posição, temos uma empresa nas duas posições: a International Meal Company Alimentação, dona do Frango Assado, Viena e Pizza Hut. Os papéis com validade até março de 2026 pagam 19,9%. Já as com vencimento em setembro de 2025 rendem 19,3%.

 A maioria das companhias 20 é do setor de infraestrutura. O estudo revela que a taxa média levando em conta as Top 20, é de 17,5% no ano (2022 até 7/12).

Veja as 20 debêntures mais rentáveis do ano:

Debênture Emissor Emissão Série Data de Emissão Data de Vencimento Remuneração Retorno no Ano
CBAN22 CONCESSIONÁRIA ROTA DAS BANDEIRAS  2 2 15/11/2019 15/07/2027 DI + 2% 27,01%
MEAL21 INTERNATIONAL MEAL COMPANY ALIMENTAÇÃO  1 2 15/03/2019 15/03/2026 DI + 5,30% 19,89%
MEAL12 INTERNATIONAL MEAL COMPANY ALIMENTAÇÃO  2 1 10/09/2019 10/09/2025 DI + 5% 19,27%
VNTT11 VENTOS DE SÃO TITO HOLDING  1 1 15/09/2015 15/06/2028 IPCA + 9,24% 18,72%
CBAN52 CONCESSIONÁRIA ROTA DAS BANDEIRAS  2 5 15/11/2019 15/07/2034 IPCA + 5,20% 17,22%
CBAN72 CONCESSIONÁRIA ROTA DAS BANDEIRAS  2 7 15/11/2019 15/07/2034 IPCA + 5,20% 17,18%
MEAL11 INTERNATIONAL MEAL COMPANY ALIMENTAÇÃO  1 1 15/03/2019 15/03/2024 DI + 4,85% 17,05%
AGRU12 GRU AIRPORT  2 1 15/10/2014 15/10/2026 IPCA + 6,40% 16,98%
CBAN32 CONCESSIONÁRIA ROTA DAS BANDEIRAS  2 3 15/11/2019 15/07/2034 IPCA + 5,20% 16,98%
AGRU21 GRU AIRPORT  1 2 15/02/2014 15/06/2025 IPCA + 7,86% 16,98%
CBAN12 CONCESSIONÁRIA ROTA DAS BANDEIRAS  2 1 15/11/2019 15/07/2034 IPCA + 5% 16,92%
CVCB14 CVC VIAGENS  4 1 18/04/2019 18/04/2023 DI + 6% 16,91%
CCPRA3 CYRELA COMMERCIAL PROPERTIES 13 1 15/03/2021 15/03/2024 DI + 1,75% 16,87%
AGRU11 GRU AIRPORT  1 1 15/02/2014 15/03/2025 IPCA + 7,86% 16,79%
AGRU31 GRU AIRPORT  1 3 15/02/2014 15/09/2025 IPCA + 7,86% 16,50%
UNDAC3 UNIDAS  13 3 10/04/2019 10/04/2029 112% do DI 16,29%
AGRU41 GRU AIRPORT  1 4 15/02/2014 15/12/2025 IPCA + 7,86% 16,11%
VLID28 VALID SOLUÇÕES  8 2 10/05/2021 10/05/2025 DI + 4,25% 15,99%
SAPR28 SANEPAR – COMPANHIA SANEAMENTO PARANÁ 8 2 21/06/2018 21/06/2023 108% do DI 15,80%
CSRN39 COSERN – COMPANHIA ENERGÉTICA RIO GRANDE NORTE 9 3 17/04/2019 15/04/2024 107,25% do DI 15,79%

Fonte: Quantum Finance. 

Por que as debêntures estão pagando bem?

A reportagem do InfoMoney ouviu especialistas em debêntures e analisou a trajetória desses papéis desde a pandemia para explicar o atual cenário.

Como já sabemos, a pandemia da Covid-19 promoveu uma aversão ao risco no mercado global. E isso refletiu negativamente das debêntures, com um recuo de 34% nos papéis em 2020.

Já em 2021, com o início da alta da Selic, o cenário se reverteu. O mercado viu o segmento atingir novos recordes em originação e distribuição, além de um volume de R$ 250,4 bilhões — valor duas vezes maior que no ano anterior. 

Mesmo com o desempenho positivo em 2021, os números de 2022 surpreenderam os especialistas.

“Não esperávamos que esse número (de 2021) se replicasse, porque o ano passado foi um período em que a renda fixa cresceu muito, em razão da elevação dos juros, que acabou direcionando um bom volume de investimentos para essa modalidade”, revelou  Guilherme Maranhão, vice-presidente do Fórum de Estruturação de Mercado de Capitais da Anbima.

Regulação 160 chegando em 2023

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) irá implementar a resolução 160 em 2023. A promessa é trazer vantagens para as debêntures, incluindo as ofertas públicas de distribuição primária ou secundária de valores mobiliários

Hoje, há duas instruções no mercado de debêntures: a 400, contemplando ofertas registradas na autarquia; e a 476, voltada às operações não registradas, permitindo a procura de, no máximo, 75 investidores profissionais para o lançamento dos papéis, enquanto a alocação é de 50. A nova resolução promete derrubar essas barreiras, combinando os dois normativos.

“Sem a limitação no número de investidores, a tendência é de que os lançamentos fiquem mais pulverizados, o que pode se refletir em custos melhores para os emissores, pois haverá mais concorrência na ponta”, destaca Maranhão.

O profissional também fala em maior facilidade para emissores frequentes e o reajuste do volume de informações obrigatórias para diferentes perfis de investidores.

As projeções para 2023

A reportagem do InfoMoney também falou sobre as expectativas do mercado para o próximo ano.

“Na medida em que os juros se mantenham elevados, uma sinalização que temos ouvido dos economistas, é de se esperar que 2023 seja um ano, se não tão forte, pelo menos muito parecido com 2022 para as debêntures”, diz Guilherme Maranhão.

O especialista, no entanto, destaca dois pontos a serem acompanhados: a disposição das empresas em buscar novos recursos e a concorrência de outras alternativas no mercado, como os bancos de fomento. 

A reportagem também ouviu Yuri Ramos, superintendente de Corporate & Investment Banking do Banco BV. A instituição espera a manutenção ou redução no volume de ofertas de debêntures em 2023. Para ele, muitas companhias já anteciparam suas necessidades para o próximo ano. 

CONFIRA AGORA A REPORTAGEM COMPLETA:

 

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