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4 Maneiras de Investir em Criptomoedas | Seu Dinheiro

CAPA Maneiras de investir em criptomoedas - especial Seu Dinheiro e Quantum

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4 Maneiras de Investir em Criptomoedas | Seu Dinheiro

Em meio aos solavancos das criptomoedas que mordem rendimentos ou fazem milionários da noite para o dia, existe algo que não para de subir: o interesse por investir em bitcoin e outros criptoativos. A boa notícia é que as alternativas para quem tem a intenção de investir em cripto não param de se multiplicar.  Dessa forma, o portal Seu Dinheiro, um dos mais relevantes da categoria no mercado nacional, elaborou um especial sobre 4 maneiras de investir em criptomoedas. A matéria contou com levantamento exclusivo da Quantum sobre os fundos disponíveis, além da participação de outros profissionais do mercado. Confira a matéria a seguir.

4 Maneiras de Investir em Criptomoedas

Os especialistas afirmam que o melhor investimento não é apenas aquele que rende mais, mas o mais adequado a sua realidade e perfil como investidor. E por isso é importante entender os riscos e oportunidades do mercado de criptomoedas.

Está disposto a embarcar nesse mercado? Em primeiro lugar, lembre-se de que se trata de um ativo de altíssimo risco. Nesse contexto, o bitcoin e as criptomoedas devem ocupar uma parcela pequena da sua carteira. E uma vez tomada a decisão de investir, é preciso saber como. Para André Franco, especialista em criptomoedas da Empiricus, a dica para quem quer começar a investir é bem simples. As formas mais fáceis são os fundos e os ETFs, por estarem nas plataformas convencionais das corretoras, e as menos indicadas para iniciantes são o investimento direto e o token.

Conheça a seguir quatro formas de investir em criptomoedas. A escolha pela melhor opção vai depender do que você prioriza: praticidade, controle ou menor custo.

1- ETFs de bitcoin e criptomoedas

Os ETFs (fundo de índice, na sigla em inglês) permitem investir em bitcoin e outros criptoativos diretamente na B3. A bolsa brasileira passou a contar com vários fundos que seguem índices de cripto ou as cotações de uma moeda digital específica, como o HASH11 e o BITH11, da Hashdex, o QBTC11 e o QETH11, da QR Capital Management. Mesmo entre eles existem algumas diferenças para se levar em conta.

O HASH11 replica o desempenho de um índice desenvolvido pela gestora brasileira Hashdex em parceria com a Nasdaq. O ETF segue a variação do Nasdaq Crypto Index (NCI), indicador que busca refletir o movimento do mercado de criptoativos, e não só do bitcoin. O NCI é composto por oito ativos diferentes, entre eles:

  • Bitcoin (80,37%)
  • Ethereum (16,35%)
  • Litecoin (1,19%)
  • Chainlink (0,94%)
  • Bitcoin Cash (0,64%)
  • Stellar Lumens (0,50%)
  • Filecoin (0,64%)
  • Uniswap (0,90%)

Por sua vez, BITH11 é um ETF que busca corrigir a emissão de CO2 da mineração de bitcoin com a compra de créditos de carbono. Já o QBTC11 e o QETH11 são fundos com exposição 100% em bitcoin (BTC) e ethereum (ETH), respectivamente.

Vantagens do ETF

Os ETFs costumam ter investimento inicial menor do que os fundos de investimento abertos tradicionais. No caso dos ETFs de cripto, o preço de uma cota, atualmente, varia entre pouco mais de R$ 12 até R$ 60. Além disso, as taxas de administração dos ETFs costumam ser mais baixas do que as de fundos convencionais.

Por exemplo, a taxa de administração máxima do HASH11, que é uma das mais altas entre os ETFs de cripto da bolsa brasileira, é de 1,3%. Para efeito de comparação, as taxas de administração de alguns fundos convencionais podem variar de 1,48% até 3,70%.

Confira as cotações  de 31/8/2021:

4 maneiras de investir em crip

Desvantagens do ETF

No caso dos ETFs, a gestão é passiva, ou seja, os ativos são escolhidos com o objetivo de seguir um índice de referência. Não há um gestor escolhendo ativos específicos com a intenção de superar o mercado ou proteger a carteira de perdas em momentos ruins.

Outra desvantagem, no caso do HASH11, é que o investidor não tem controle sobre as moedas que compõem o índice que corrige o ETF. Somado a isso, o ETF pode ficar para trás em alguma alta ou queda vertiginosa de alguma criptomoeda específica do mercado.

Finalmente, por estarem listados em bolsa, os ETFs são negociados apenas nos horários do pregão, de 10h até 17h, enquanto o mercado de criptomoedas funciona 24h todos os dias.

2 – Fundos de investimento

Os fundos de investimento de criptomoedas também são uma forma bem simples de se ter exposição a esse mercado. Nos fundos, as decisões de investimento cabem ao gestor, que tem um controle maior sobre a escolha dos ativos da carteira, acompanhando de perto as oscilações das criptomoedas e rebalanceando suas posições quando necessário.

Um levantamento da Quantum exclusivo para o Seu Dinheiro mostra quais são os fundos em criptomoedas disponíveis no mercado:

Clique aqui para baixar a planilha de fundos 

Vantagens dos fundos

O investidor não precisa acompanhar o mercado de perto para comprar ou vender por conta própria. Além disso, fundos que investem em mais de um tipo de criptoativo já são diversificados por natureza.

Os grandes fundos costumam ter especialistas bem qualificados para gerir os ativos, o que pode potencializar os ganhos.

Desvantagens dos fundos

O trabalho do gestor tem um custo, então o investimento em cripto via fundos costuma ser mais caro. Além de taxas de administração usualmente mais altas que as dos ETFs, os fundos de cripto convencionais podem ter também taxa de performance, um percentual cobrado sobre os ganhos do fundo que ultrapassam um indicador de referência, o chamado benchmark. Finalmente, o investimento mínimo de entrada também pode superar o valor das cotas dos ETFs.

Segundo Tasso Lago, especialista em criptomoedas e fundador da Financial Move, a legislação brasileira ainda não permite que os fundos invistam diretamente em cripto, o que aumenta o caminho até o investidor. O fundo local precisa comprar cotas de um fundo de cripto no exterior, o que acaba somando as taxas de ambos e elevando o valor de aporte inicial.

Outra questão é que os fundos cripto disponíveis para investidores podem ser um tanto diluídos, pois só podem investir no máximo 20% em ativos no exterior, o que limita a exposição do seu patrimônio aos criptoativos. O restante fica investido em títulos públicos. Os fundos que podem investir mais de 20% do patrimônio em ativos no exterior são limitados aos investidores qualificados, aqueles que possuem, no mínimo, R$ 1 milhão em recursos em investimentos financeiros.

3 – Investir em bitcoin e criptomoedas diretamente

Você pode abrir uma conta em uma corretora (exchange) e começar a investir em bitcoin e outras criptomoedas agora mesmo. Basta escolher entre o número crescente de corretoras em cripto que apareceram nos últimos anos.

Nós já comentamos aqui a respeito dos mitos e verdades sobre criptomoedas. Entre os mitos está a necessidade de saber programar para investir nesse mercado. Comprar bitcoins ou qualquer outra moeda não é diferente de investir em ativos como ações, por exemplo – pelo menos no quesito tecnológico. Ainda existe a possibilidade de criar uma carteira de criptomoedas, conhecida popularmente como wallet.

Vantagens de investir em bitcoin e outras criptomoedas 

Com a movimentação sendo feita diretamente na blockchain da criptomoeda, o investidor tem total controle dos ativos da sua carteira. Tendo conexão à internet, é possível comprar e vender a qualquer momento do dia, já que o mercado cripto funciona 24 horas.

O preço das criptomoedas também pode ser dividido por diversas casas decimais. Ou seja, se a cotação do bitcoin (BTC) está na casa dos US$ 50.000, ou R$ 270.000, não é preciso ter essa quantia para investir.

Você não precisa comprar uma moeda inteira, pode adquirir frações. É possível, por exemplo, comprar 0,0002 BTCs, ou US$ 10 (R$ 50) tanto na wallet ligada à blockchain quanto na exchange.

Desvantagensde investir em bitcoin e outras criptomoedas

A vantagem de investir diretamente é ter o controle dos seus investimentos na palma da mão. E a grande desvantagem é justamente essa: se você não acompanha o mercado, que fica aberto 24h por dia, 7 dias por semana, pode acabar perdendo algum movimento de alta ou baixa das criptomoedas. Também existe o risco de apostar em uma moeda que não tenha futuro, como é o caso do Dogecoin, que os especialistas não recomendam.

Quem prefere a wallet, precisa tomar cuidados adicionais e escolher bem o modelo de carteira de cripto que pretende utilizar. Existem carteiras quentes (hot wallets), conectadas à internet, que permitem a negociação diretamente na rede, mas que estão mais expostas a ataques hackers.  Já as carteiras frias (cold wallets) são hardwares fora do computador. São parecidas com pen drives grandes ou carregadores portáteis de celular e só são conectadas à blockchain quando inseridas no computador.

As carteiras frias podem quebrar ou ser corrompidas como qualquer outro hardware se não forem guardadas de maneira adequada. Nesses casos, o investidor perderia todas as suas criptomoedas.

4 – Token

Como o mundo dos criptoativos é muito dinâmico, as formas de investir também variam bastante. Uma nova maneira de se expor a esse mercado é por meio dos tokens, que é uma outra forma de criptoativo. Para explicar, usaremos como exemplo o token BLUE, que fica na blockchain da Stratum. Esse é um token lastreado em 14 criptomoedas e que já apresentou um retorno de 146% em 2021.

Vantagem do token

Segundo Rocelo Lopes, especialista em blockchain e criptoeconomia, esse tipo de ativo soma algumas das qualidades de outras formas de investir em criptomoedas: a gestão ativa das moedas que compõem o token com vistas ao maior retorno, como ocorre nos fundos tradicionais, e a possibilidade de negociação durante as 24h do dia, como ocorre com o investimento direto em cripto.

Além disso, os tokens já são naturalmente diversificados, como os fundos e os ETFs que seguem índices compostos de várias criptomoedas, como o HASH11. O BLUE, por exemplo, é composto por:

  • Bitcoin (BTC) – 25%
  • Ethereum (ETH)  25%
  • Cardano (ADA) – 10,25%
  • Binancecoin (BNB) – 7,2%
  • XRP (XRP) – 5,8%
  • Polkadot (DOT) – 5,8%
  • Chainlink (LINK) – 4,2%
  • Solana (SOL) – 3,8%
  • Stellar (XLM) – 2,5%
  • Curve DAO Token (CRV) – 2,5%
  • Litecoin (LTC) – 2,5%
  • Algorant (ALGO) – 2,5%
  • Polygon (MATIC) – 2,5%
  • PancakeSwap (CAKE) – 2,5%

Dessa forma, o investidor fica exposto ao prêmio de risco de diversas moedas diferentes e, ao mesmo tempo, se expõe a grandes criptomoedas do mercado, como o bitcoin e o ethereum.

Desvantagens do token

Ainda há poucos tokens lastreados em criptomoedas no mercado, e sua negociação pode ser bem limitada, quando comparada à de criptomoedas via exchanges. O BLUE, por exemplo, só está disponível pelo aplicativo da Stratum.

Finalmente, o investimento via token pode ser menos acessível em comparação a outras formas de investimento, tanto do ponto de vista do valor de aporte inicial quanto em relação às taxas. O BLUE, atualmente, está valendo US$ 250. Sua taxa de custódia é de 2,5%, e a tarifa de negociação é de 6%.

Jornalista: Renan Sousa
Plataforma para levantamento de dados de fundos: Quantum Axis
Publicação Original: Seu Dinheiro  publicado em  2/9/2021

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