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Companhias aéreas: ações disparam em 2023 após anos difíceis

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Companhias aéreas: ações disparam em 2023 após anos difíceis

As companhias aéreas enfrentaram anos de muita turbulência durante a pandemia, mas tudo indica que o tempo começou a abrir para o setor, com retomada do fluxo de viajantes, melhores condições macroeconômicas e queda no preço dos combustíveis.

As aéreas fazem parte do grupo de empresas que mais sofreram com as medidas restritivas durante a crise sanitária, que visavam estancar o fluxo de circulação de pessoas e, com isso, derrubou o número de voos comerciais. A crise se arrastou desde o início da pandemia, em 2020, e chegou a dar sinais até o começo de 2023.

Mesmo com a reabertura das economias, que teve mais força em 2022, fatores como o ritmo lento de retomada da demanda por viagens e o aumento dos custos operacionais com querosene de aviação (QAV) foram alguns dos principais desafios que as companhias enfrentaram até o fim do último ano.

Olhando para as empresas brasileiras do setor, o cenário parece ter virado a partir do segundo trimestre deste ano, com os papéis de Azul (AZUL4) registrando altas no acumulado no ano e, inclusive, puxando junto os resultados de Gol (GOLL4).

Confira os resultados ao fim do artigo.

Retomada da demanda e queda dos combustíveis são fatores importantes

A mudança de cenário para as aéreas tem como ponto central a retomada da demanda de viagens a níveis parecidos com os anteriores à pandemia.

Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a demanda por voos domésticos em abril foi apenas 2,9% menor que a registrada no mesmo mês de 2019, enquanto a oferta de voos cresceu 2,5%. Já a demanda por voos internacionais ainda seguiu 12,1% inferior na comparação entre abril de 2023 e 2019.

Apesar do período sazonal de férias indicar a manutenção de preços de passagens em patamares elevados, o recuo do dólar e, especialmente, a queda no valor dos combustíveis podem ser fatores importantes para a elevação da demanda de viagens.

Após seguidas altas em 2022, o querosene de aviação (QAV) vem caindo em 2023. No começo de junho, a Petrobras anunciou a quarta redução consecutiva do preço do combustível, que acumula queda de 35% no ano.

Balanços indicam respiro para companhias aéreas brasileiras

Os balanço da Azul (AZUL4) para o 1° trimestre de 2023 indicaram um prejuízo líquido de R$ 736,6 milhões. Embora o número não tenha agradado o mercado, a companhia também trouxe boas notícias no relatório.

Com um crescimento da demanda em trimestres consecutivos, a receita da AZUL4 atingiu um recorde histórico de R$ 4,5 bilhões, 40,3% acima do mesmo período do ano anterior. Além disso, a companhia divulgou acordos para renegociação de dívidas que, somadas, vão gerar uma economia de R$ 5,4 bilhões até o fim dos contratos.

Na mesma esteira, a Gol (GOLL4) também divulgou bons resultados para o 1º trimestre de 2023. A receita operacional líquida da companhia no período cresceu 52,8% em relação ao ano anterior, alcançando R$ 4,920 bilhões.

Já o lucro líquido da empresa foi de R$ 619,5 milhões nos primeiros três meses do ano, queda de 76,2% em relação a 2022.

O resultado das companhias aéreas na bolsa

Olhando para o desempenho de AZUL4 e GOLL4 na B3, ambas reverteram ganhos expressivos em 2019 para seguidas perdas nos três anos seguintes, e buscam uma retomada em 2023.

Paralelamente, outra empresa que sofreu consequências com a crise sanitária foi a agência de turismo CVC (CVCB3). Recentemente, mudanças na estrutura administrativa da empresa animaram o mercado.

Já a Embraer (EMBR3) viveu altos e baixos desde o início da pandemia, chegando a subir 180,45% no acumulado de 2021 após uma queda de 55,14% em 2020.

Confira o desempenho das ações desde 2019, ano anterior à pandemia, até 2023:

Ativo Ticker Retorno 2023 Retorno 12 meses Retorno 2022 Retorno 2021 Retorno 2020 Retorno 2019
AZUL PN N2 AZUL4 66,76% 11,48% -54,80% -38,02% -32,57% 61,89%
GOL PN N2 GOLL4 36,24% -18,83% -56,90% -31,89% -32,23% 58,36%
CVC BRASIL ON NM CVCB3 -6,90% -57,48% -66,54% -32,17% -50,06% -27,68%
EMBRAER ON NM EMBR3 40,32% 57,12% -42,34% 180,45% -55,14% -8,99%
Ibovespa 6,39% 9,01% 4,69% -11,93% 2,92% 31,58%

*Fonte: Quantum Finance, com dados de 13/06/2023

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