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Queda generalizada na remuneração dos CDBs leva taxa mínima dos prefixados para 11,40%

CDBs: Queda generalizada nas taxas

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Queda generalizada na remuneração dos CDBs leva taxa mínima dos prefixados para 11,40%

Durante as últimas semanas, observou-se uma diminuição ampla na remuneração dos CDBs. Essa redução nas taxas dos Certificados de Depósito Bancário está diretamente associada à queda dos juros futuros nos últimos tempos, influenciada por fatores como a desaceleração da inflação e as expectativas de cortes na taxa básica de juros da economia, a Selic.

Conforme nosso levantamento quinzenal, a pedido do InfoMoney, os CDBs prefixados emitidos entre 23 de maio e a última segunda-feira (5) registraram uma taxa mínima de 11,40% ao ano. Essa taxa foi aplicada em títulos com um prazo de vencimento de 24 meses. Na quinzena anterior, a menor remuneração era de 11,93%, porém em um papel com um prazo mais longo de 36 meses.

Além disso, houve uma redução nas taxas máximas e médias dos CDBs prefixados em quase todos os períodos de vencimento. O título de renda fixa mais rentável na amostra desta quinzena, com vencimento em seis meses e emitido pelo banco Daycoval, oferecia uma taxa de 14,30% ao ano. No levantamento anterior, os do mesmo banco e com o mesmo prazo de vencimento apresentavam uma taxa de 14,35%.

Os CDBs de curtíssimo prazo foram exceção. Nos últimos 15 dias, os CDBs com vencimento em três meses registraram um ligeiro aumento nas taxas mínimas (13,50%) e médias (13,77%).

Veja os retornos brutos dos CDBs prefixados entre os dias 23 de maio e 5 de junho, segundo nosso levantamento:

Retornos de CDBs prefixados (23/05 a 05/06)
prazo (meses) indexador taxa mínima taxa média taxa máxima número de títulos emissor da maior taxa
3 PREFIXADO 13,50% 13,77% 14,05% 22 BANCO DAYCOVAL
6 PREFIXADO 12,90% 13,80% 14,30% 41 BANCO DAYCOVAL
12 PREFIXADO 12,15% 13,11% 13,60% 42 BANCO DAYCOVAL
24 PREFIXADO 11,40% 11,95% 12,47% 16 BR PARTNERS BANCO DE INVESTIMENTO
36 PREFIXADO 11,55% 12,15% 12,59% 7 BANCO DAYCOVAL

Fonte: Quantum Finance

A expectativa de que o Banco Central inicie um ciclo de redução das taxas de juros no Brasil é o contexto por trás desse desempenho.

Na matéria do InfoMoney, Gustavo Cruz, estrategista-chefe da RB Investimentos, destaca que embora a curva de juros futuros já esteja em queda há algumas semanas, os CDBs demoraram um pouco mais para refletir esse movimento.

Na semana passada, os juros futuros diminuíram em praticamente todos os prazos de vencimento, impulsionados pela divulgação de alguns indicadores econômicos. De acordo com um relatório da XP assinado por Camilla Dolle, Mayara Rodrigues e Natalia Moura, analistas de renda fixa, “A deflação mais acentuada do IGP-M em maio aumentou as expectativas dos agentes do mercado acerca da queda da Selic e/ou de uma possível sinalização do Copom sobre quando isso poderá ocorrer.”

CDBs atrelados à inflação

Foi observado um padrão similar nos CDBs vinculados à inflação, que oferecem aos investidores uma taxa pré-fixada acrescida da variação do IPCA.

Durante a última quinzena, a parcela pré-fixada do rendimento desses títulos também diminuiu nos prazos mais longos. Atualmente, a taxa mínima oferecida por um CDB com vencimento em 36 meses é de 4,75% ao ano, em comparação com os 5,10% registrados na quinzena anterior.

Por outro lado, os CDBs com prazos mais curtos tiveram um aumento de até 1 ponto percentual em relação ao levantamento anterior. No entanto, é importante ressaltar que em nosso levantamento identificamos apenas um CDB com vencimento em 12 meses, emitido pelo ABC Brasil, com rendimento de 7,35% ao ano.

Na quinzena entre 9 e 22 de maio, havia três títulos com esse prazo de vencimento. A taxa mínima era de 6,30%, a máxima de 6,95% e a média de 6,62% ao ano.

Veja quais foram os retornos brutos dos CDBs atrelados à inflação entre os dias 23 de maio e 5 de junho, de acordo com nosso levantamento:

Retornos de CDBs indexados à inflação (23/05 a 05/06)
prazo (meses) indexador taxa mínima taxa média taxa máxima número de títulos emissor da maior taxa
12 IPCA 7,35% 7,35% 7,35% 1 BANCO ABC BRASIL
24 IPCA 5,30% 5,58% 5,90% 5 BANCO ABC BRASIL
36 IPCA 4,75% 6,36% 6,75% 65 HAITONG BANCO DE INVESTIMENTO DO BRASIL

Fonte: Quantum Finance

 

Na reportagem do InfoMoney, Rodrigo Marcatti, sócio da Veedha Investimentos, destacou que esse movimento reflete a redução das projeções para a inflação. Em linhas gerais, a remuneração total de um título vinculado à inflação – composta pela taxa de juros pré-fixada mais a variação do IPCA – tende a ser próxima da taxa de juros esperada para o momento do seu vencimento.

“Se a inflação esperada é menor, a parte prefixada precisa subir, já que não há expectativa de corte imediato da Selic”, disse o especialista

No entanto, essa dinâmica não se aplicou aos títulos de prazo mais longo, com vencimento em 24 ou 36 meses, pois as projeções para a inflação nesses casos têm se mantido estáveis ou apresentado reduções menos significativas.

CDBs pós-fixados

Dentro da categoria dos CDBs pós-fixados, que estão vinculados a uma porcentagem do CDI, foi observada uma tendência geral de redução nas taxas, com exceção de algumas que permaneceram estáveis. A única variação positiva ocorreu na taxa máxima dos CDBs com vencimento em seis meses, que aumentou de 106% para 110% do CDI.

A taxa mínima encontrada nessa categoria é de 90% do CDI, para os CDBs com prazo de 12 meses, enquanto a taxa máxima é de 115% para os CDBs com vencimento em 24 meses.

Veja os retornos brutos dos CDBs pós-fixados entre os dias 23 de maio e 5 de junho, segundo o nosso levantamento:

Retornos de CDBs indexados ao CDI (23/05 a 05/06)
prazo (meses) indexador taxa mínima taxa média taxa máxima número de títulos emissor da maior taxa
3 %CDI 93,00% 101,06% 104,50% 24 BANCO ABC BRASIL, BANCO BTG PACTUAL, CHINA CONSTRUCTION BANK (BRASIL)
6 %CDI 97,50% 100,31% 110,00% 58 BANCO MASTER
12 %CDI 90,00% 100,74% 108,00% 52 BANCO DAYCOVAL
24 %CDI 98,00% 100,47% 115,00% 54 BANCO PAN
36 %CDI 100,00% 103,33% 111,00% 49 BR PARTNERS BANCO DE INVESTIMENTO

Fonte: Quantum Finance

Projeções

“A tendência para o segundo semestre é que os investidores voltem a se interessar mais pela renda variável, à medida que os cortes de juros começarem e ocorrer o reequilíbrio de outros interesses”, afirma Gustavo Cruz, da RB Investimentos. “O final do ano passado e este semestre foram muito favoráveis para a renda fixa, mas isso deve diminuir no futuro”.

 

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